quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

percepção embaçada

O chato itinerário de sempre, o papo tosco de sempre, a banalidade de sempre, a imbecilidade de sempre, vicia o olhar.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

R E F L E X I V A DE M I M

A tela tá aqui para ser pintada, e de uma coisa eu não abro mão: pinto as minhas neuras, alegrias, tristezas, enfim... pinto o meu nirvana e - principalmente - as minhas festas. Mas não carrego ardências na alma. De peso já me basta a obesidade.
Okay beibe?!

sábado, 23 de janeiro de 2010

DOS RÓTULOS

Porque sou eu a incorreta, a rebelde, a inadequada, a pouco razoável; sou a que não se deixa castrar as convicções: hasta la raíz de mis pelos. Porque "eu sou a môsca que pousou na sua sôpa".

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

DEUS ME DÊ VIDA LONGA...

Não posso parar o vento, o sol, o tempo...
Sim, somos todos humanos, ou não?!
Há algum de nós que ainda se acha imortal?
E então o CRIADOR retumba uníssono à criatura:
"Oh turba ingrata repelente!"

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

C A L A M I D A D E

Cortou a madeira, fez o carvão, depois com seu úmido hálito do mal assoprou - meticulosamente - para acender o fogo.
A fogueira arde há dias. E então v
eio para cá e plantou a desgraça.., caladinha.
Pois não é que conseguiu!
Tô cheia de equimose.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A L E G R I A

Fotografia by Celina Nery Há dias assim... particularmente... especialmente... soberbos.
Há imagens que palpitam felizes.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Espelho desesperado do outro...

Empoeiram-ME; enxergam-se em MIM...

Consideramo-nos mais; somos menos.

Mostramos neutralidade; somos hipócritas.

Seguimos a ética; mas a estética é bolorenta.

Elogiamos sempre; mas dissimulamos.

Omitimo-nos pelo bem; ludibriamos.

Não cobramos; mas o ciúme dilacera.

Gritamos sinceridade; não olhamos nos olhos.

Amamos muito; não regamos o afeto.

Respeitamos a todos; mas o todo não nos é caro.

Bajulamos; mas pelas costas ferimos.

Iludimos; somos tolos.

Escarnecemos o outro; depois o alimentamos.

Falseamos; mas a consciência alumia.

Negociamos o ego; depravamos.

Somos – podres - humanos; sobrevivemos a nós.

Devassamos; desmantelamos.

Fantasiamos um feito; intrigamos.

Puro sangue azul; NARCISISTAS.

Eis aqui o que somos e não somos...

Nada! Nada! Nada!

domingo, 17 de janeiro de 2010

DO DISSIMULADOR

Ow que me dá uma canseira medonha, uma preguiiiça danada lidar com gente que tenta se mostrar maravilhosa demais, interessante demais, perfeita demais diminuindo o outro. Caracas, que falta de vergonha!!! Ocultam-se no afeto, mas nada garante o afeto. E pra dizer a verdade, o meu lado Calcutá me abandonou há um punhado de tempo. E então ouço a voz dos anos: liga não miamiiiga!, sabe o bom de ser pára-raio de gente má? É que a minha, a sua, a nossa auto-estima vai lá pra altura do céu... "Ive! Ive! Ive! Brussel! Brussel! Brussel! Brussel! Brussel!"...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Pois eis aí... Deus dos filhos Teus...

O Príncipe... sem coroa... sem lenço... sem documento... sem comida... sem dignidade... sem barco... sem vela... sem esperança... sem fôlego... sem Porto pra chegar...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Palloma a la Audrey Hepburn

"Para ter lábios atraentes, diga palavras doces; para ter olhos belos, procure ver o lado bom das

pessoas; para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos; para ter cabelos bonitos,

deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia; para ter boa postura,

caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho; pessoas, muito mais que coisas, devem

ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas; lembre-se que, se alguma vez precisar de

uma mão amiga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficarmos mais velhos, descobrimos

porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo; a

beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na

forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta

é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside"

Audrey Hepburn

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Sabendo que, pela lógica, no fim, não somos nada...

Não nasci gorda, mas fiquei. A obesidade é uma condição física, a qual nada afeta quem sou. A gordura pode esconder o corpo bonito que tive um dia, esconderijo temporário. Mas não soterra minha alma e meu espírito. O que sou exala pelos poros. Personalidade e caráter são tão visíveis quanto minha derme. Uma coisa é o cuidado, o toque, a elegância, o olhar, a gentileza, a bondade, a delicadeza; outra bem diferente é a cretinice, o cinismo, o vampirismo e a maldade disfarçados de amizade.

sábado, 2 de janeiro de 2010

dos anos que me desnudam...

Era janeiro. Houve uma briga por minha causa, pelo menos eu acreditava que a causa era eu. E era. Penso que tinha seis ou sete anos. Uma das minhas tias me batia sem dó; outra me protegia como as fêmeas guardam seus filhotes. Corri assustada para detrás da cadeira da Didi - meu anjo da guarda, enquanto o anjo feroz e sedento (não citarei aqui seu nome) serpenteava pra me pegar naquele ínfimo cantinho. Eu morria a cada segundo, mas ela babava de ódio e preconceito. Uma criança nunca esquece! Meu anjo da guarda não agüentou ver meu estado fragmentado, abraçou-me forte e deu uns bons tapas naquele demônio, e ainda assim, eu me sentia toda quebrada por dentro. Meus olhos ferviam as passadas lágrimas. Sim, eu chorei muito. Estava sem forças para recorrer conforto do seu colo tão doce. Didi era antenada como uma águia, farejava a crueldade medonha da outra, e me defendia com vigor. Foi uma época doída. Eu respirava, pois me era condicionado. Minha alma vagava pela casa com o temor de quem não sabe por que vai apanhar, o anjo mau era sôfrego e lutava pra me aniquilar. Sobrevivi para sua intolerância graças a Deus e ao amor incondicional de meu anjo bem, a querida Didi! Ah, e de uma coisa jamais esquecerei naquelas férias: a canção Eu quero, de Sérgio Bittencourt rolando na vitrola. Foi um dos tantos hinos daquela era... e marcou.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010

"Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os erros dos anos velhos". Luís de Camões

Então para todos nós um futuro bem colorido, como as tantas felicitações abaixo em várias línguas:

Feliz Ano Novo

Glückliches Neues Jahr

Nytar

Feliz Año Nuevo

Felicigan Novan Jaron

Heureuse Nouvelle Année

Feliz Aninovo

Shaná Tová

Happy New Year

Felice Nuovo Anno

Akemashite Omedetou Gozaimasu

Eu

Simplesmente Selena