sexta-feira, 31 de julho de 2009

ESCREVER a V I D A

Escrever me ilumina o espírito; poetar me faz viva, inspira-me os agravos e desagravos, o que inflama e suaviza, o que conjectura e disseca... o que brota... da raiz de mim. Poesia é elevação de idéias. Poesia é soma de afetos. É a revelação da minha caverna que quer vazar. É vida em comum das letras que se juntam. É compreender que cada palavra faz acordo uma à outra, até mais para além de onde posso enxergar... virar-me várias vezes, revirar-me, do avesso ao direito, das coisas ocultas, desde sempre, desde o abrigo do leite materno, desde o ventre divino, que vibra e dobra a alma, que assusta o susto e encrespa o calafrio do corpo. É o despertar da melancolia, da angústia, da dor, da alegria, da paixão... E enquanto palavras comovem e castigam o ponto exato, não competem com nada, nem com leigos ou cultos, nem com o gênero romanesco; mas a poesia está lá e aqui, em ti e em nós, revelando-se, revelando-me, sem conhecer a união das vogais e consoantes. É como o sol se espalhando em um manto de topázio envolvendo a noite; tal a cor da madrugada branda, daquele dia do qual voltei do aeroporto, onde a rua, solitária, comigo, ao volante do carro. Silêncio... nada mais.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

V I V A !!!!!!!!!!!!!!!!!!

F E L I Z

18 A N O S,

S A B R I N A

sábado, 25 de julho de 2009

D O M E D O

Só pra variar - outro assalto lá em casa devastou a paz. Bandidos são aves de rapina com asas grandes, negras e velozes. Manifestam-se vampiros vindos das profundezas do breu e caem em nossa frente feito aparição satânica. Foi violento deixar minhas irmãs na varanda. Doeu como ferida aberta, e num milésimo de tempo não enxerguei outra escolha: tranquei-me com sete pessoas - filhos e sobrinhos - dentro de casa. Sei lá o que houve comigo naquela fração de instante? A irracionalidade do meu instinto de sobrevivência segurou minhas mãos as arrastando e trancando a porta. Duro, muito duro ter que fechar a porta! Tive muito medo que algo grave ocorresse com minhas irmãs, mas eu as deixei fora de casa com aqueles demônios. Estava impotente, um nada. Não, eu não soube como agir. Não fui inteligente, ou fui; sabe-se lá... imaginei horrores acontecendo com todos. E a noite seguiu longa e péssima! Senti-me culpada, suja, um lixo humano a perguntar pra minha consciência: porque agi assim meu Deus? E ali me reconheci onomatopéica: ploft!!!!... Este foi o som d'eu batendo no fundo do poço.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Auto Crítica...

Nem sei como falar da mediocridade alheia, senão da minha. Mas afinal, regorgito minha mediocridade, pois a mesma não me cai bem ao estômago. Não sou conservadora, porém me vejo conservadora. Que diabos é isso!? Sigo fazendo fita e escrevendo pra encher linguiça que, na verdade, não há grande feito pra humanidade. Portanto, pouca merda sou. Vivo querendo formar opinião e tempos depois enxergo tão equivocada aquela vã filosofia que - me dá nos nervos... putz... É fato: pintando a tela vou lavando minha sujeira e aparando as arestas. Administro minhas crises na fluidez dos meus vômitos. É!, tenho sangrado a palavra e minhas "bobices" vão as "homeostasiando". Isso pode até não fazer sentido. Então tá...

sábado, 18 de julho de 2009

Vida boa...

Castelo de Alcázar - Segóvia, Espanha

Gosto de observar as nuvens e imaginar centenas de formatos diferentes. Adoro frases com duplo sentido, mas não gosto das entrelinhas medíocres. Gosto das tempestades, especialmente raios azuis e chuva de cavalo beber em pé. Adoro arco-íris nos prados, a lua em meu quintal, as estrelas explodindo em meu olhar e o mar num fim de tarde púrpura. Eu não gosto do vulgar, mas sim do inesperado, especialmente se este for bom. Gosto de chupar o brigadeiro da colher, do cheiro da lavanda na estrada. Gosto de viajar de carro. Adoro os pormenores mesmo se insignificantes. De alguma forma significam algo. Gosto de nostalgia, melancolia e de recordar memórias. Gosto de castelos, príncipes, princesas, fadas, anjos, unicórnios e pôneis voadores. Faço-me criança às vezes. Amo o silêncio, mas não os desconfortáveis e desconcertantes e, no entanto, eles estão fartos de significados. Jogo-me nas histórias de amor improvável, mas não quer dizer que sejam impossíveis, essas histórias movem o eixo da terra. Gosto da perpetuação das canções de cada momento. Gosto de roubar sorrisos e suspiros. Mais uma coisa eu gosto tanto!, das estações ferroviárias de todos os lugares por onde passei: mundos se cruzam, vidas perpassam em cada direção... Gosto das avenidas ladeadas por sândalos. Gosto das pontes e das pinguelas. Apetece-me pôr nome nas coisas e as simplificar. Gosto de escutar o vazio. Gosto de desbravar locais despercebidos e ruas antigas, mas acima de tudo... gosto também de glamourizar o simples... e tem sido bom... Arebaba!!!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

penso...

Ainda tenho muitos pesos e muitas medidas e uma saudade danada de escrever pra aliviar, mas por enquanto tô sem internet. Conta-se um mês, e eu sem vir aqui. Por esses dias escrevo em partitura de pensamentos, em folhas brancas e em meus calcanhares, pois enquanto piso o chão, o vento limpa tudo com a força que varre também a mim. Não é ruim nem bom. Apenas é.

Eu

Simplesmente Selena