Tu és vida a devorar o céu, o mar, o horizonte, a terra, o vento, a chuva, o sol, a lua, o ir, o vir, o cair, o levantar, a voz, o silêncio, o toque, o olhar, a estrada, o certo, o errado, o colo, o choro, a alegria, a dor, a raiva, o calo, o medo, a fé, a esperança, o sim, o não. És tu a caminhar, sou eu a trotar. És tu a ensinar, sou eu a aprender contigo.. todo o tempo.. o tempo todo..
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Simplesmente..
Vomito. Linhas. Escrevo. Não escrevo. Mudo. Prudente. Desenho. Bebo. Lanço. Construo. Letras. Gosto. Senão. Calo. Pinto. Palavras. Voam. Idéias. Sentimentos. Deslizam..
ao vento..
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Cheirosos demais..
As aulas estão quase começando e os cheiros dos livros e cadernos já povoam a casa. No meu tempo de estudante nada mais me fazia alegre que o cheiro do lápis de cor, giz de cera e o clássico lápis preto com borracha; esta, eu sentia vontade de cheirá-la ao ponto de dar uma dentada. Creio que o que mais atrai o aluno é o aroma peculiar do material escolar. Por exemplo, o livro atiçava minha leitura pelo perfume delicioso de novo, depois eu folheava e via figuras de princesas, fadas e animais; o lápis de cor e de cera havia uma fragrância tão deliciosa que me conquistava os dedos a começar o traçado no papel. E cada vez que o desenho ia tomando forma mais instigava a idéia e a criatividade. Sou tão fascinada por estes objetos que tenho gravado nas minhas lembranças uma cena hilária. Quando tinha 4 anos, meu pai colocou DDT (veneno de formigas e baratas) pelos cantos do quintal, eu e meu irmão acreditamos ser leite em pó e comemos um pouco, na verdade eu nem sei se achei gostoso, mas criança quer mesmo é fazer arte. Meu pai por acaso protagonizou o final do acontecimento e entrou em parafuso. E eu, claro, dei o maior piti para não ir ao Sandu (Pronto-Socorro da época), tive medo de não mais voltar de lá. Sei lá, achava que ia morrer, no entanto, eu nem sabia de vero o que seria morrer, mas mesmo assim não queria ir ao lugar nem amarrada, algo me dizia que seria uma fria. Talvez fosse o medo pavoroso de injeção, e hospital para mim era sinônimo de agulha na nádega. Entretanto, minha mãe teve uma sacada inteligente e me presenteou uma caixinha de lápis de cor. Naquele momento fiquei quietinha, observei as cores uma a uma, fui atraída pela visão e pelo olfato, e enquanto meu pai me vestia e calçava minhas botinhas eu tocava deslumbrada todos aqueles lapizinhos coloridos e cheirosos. Parece coisa boba da infância, mas é que especialmente o lápis de cor faz voltar a felicidade de ser criança. Ah! Grandes tempos guardados em mim!
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
ondas dançam para mim..
O vento me beija na cara, mas antes brinda o mar, que em ondas acariciam meus pés me entregando palavras. Miro o horizonte que se cola na água. Minha vista voa. Tem um laço ao longe que liga o mar e o ar, observo a harmonia, é perfeita! Volto os olhos e percebo o vai-e-vem das ondas. O mar, solitário, me faz companhia. Solitária, mergulho no abismo de mim. Penso que somos confidentes, estamos lado a lado, inicio a conversa, digo à ele que não combina com pessoas, que é melhor admirá-lo. Ele responde molhando delicadamente minhas mãos como se entendesse. Continuo o colóquio, quero saber sobre os seres do mar, príncipes encantados e sereias de cabelos longos com tiaras de rosas vermelhas.. então, de repente, não mais que de repente, ouvi um canto, seria delas? A tarde desmaiou sem demora, entretanto eu nem vi o tempo correndo.. foi tão rápido! Retorno para casa com a alma lustrada.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
sábado, 19 de janeiro de 2008
da série: VENEZA
Pois é gente, nesta cidade vi de tudo: desde a namorada do garçom ir ao local de trabalho (DR => discutir a relação) a fim de lavar roupa suja suplicando um "Per favore miente.. dime que me amas., diiime", e que por acaso eu estava almoçando por lá e filmei na retina o teatro da vida real; a outra mulher -pelas esquinas- dissimulando o choro ao pedir dinheiro e logo depois ironizar a quantia; a um garçom de outro restaurante gritar para nós “Vafanculo” e nos expulsar só pelo fato da nossa conta ser pequena; a um louco (penso que baixou o espírito de Michelangelo) sentado o dia inteiro no chão gelado pintando um quadro no ar; e até um caixão de defunto deslizando sobre as águas com uma enorme coroa de flores. Cruuzes!.. Um arrepio correu na espinha e tiramos pra fora no mesmo dia.. tomamaos um táxi aquático até o aeroporto Marco Polo e rumamos para Madri. Arrriba España!!!
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
no começo do ano..
.. molhei meus pés nas ondas, agradeci, fiz pedidos, fitei o mar com admiração e respeito. Caminhando pela areia perdi o olhar no movimento das águas, a sensação era boa, imaginei o mar (solitáaario) e senti que não combinava com pessoas, achei que mais valia contemplar a sua imensidão. Comi peixe, caranguejo, camarão, e li muito. Dei cabo ao livro Madame Bovary, e pra falar a verdade odiei o romance, achei previsível demais e sem borogodó. Passei um tempo curtíssimo pelo litoral para desopilar, desocupar a mente de tudo, fiz uma faxina geral. Pronto! Novas idéias já estão marinando. Desposarei boas palavras em lindas travessas.. Bon apetit..! E que venha 2008 cheio de esperança. Até mais.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
da série: reflexão
Minha filha Piú diz que sou a dona da verdade e que nesse caso "não careço fazer análise, pois nasci analisada"; então digo o contrário: sou terapiada na dor, é na labuta diária de criar, de ensinar e ensinar e não desistir de ensinar. O fato é que essa encheção de saco do cotidiano apresentando coisas novas e complexas serve como terapia. Não tem como fugir e dizer "vou viajar, bye, fuuiii, virem-se". Corro pro abraço, arregaço as mangas, enfrento, tenho fé e sigo rezando. Dado a responsabilidade para com meus filhos, algumas vezes perdi de vista a relação marido e mulher.. putz!, isso não é bom. Agora não mais. Não serei tonta por todo tempo, tenho um olho no gato outro no peixe. Na conexão entre pais e filhos há um nó que nunca desata e dá a sensação de afogamento. Todavia não quero perder as alegrias e os dissabores de ser mãe, por isso percebo em cada amanhecer que educar é uma obra de arte das mais belas e caras. E se faço minha vida parecer um filme daqueles bem lacrimogêneos, estes são os meus balizadores dramalhões tragicômicos, é a minha história, é esta a bengala me auxiliando na caminhada, tal qual uma película de Almodóvar: vermelho vivo, paixão, desejo, exageros, mulheres fortes, olhos marcados, choro, relações intensas e muita cor; só que sem luz, câmera, claquete, mas com muita ação. Sábia Piú!, é pura verdade, talvez eu não precise de terapia mesmo. E como digo sempre., a vida é essencialmente simples, embora com muita aprendizagem. E que tudo termine bem porque há de vencer a força do bem! Viver é breve e bom demais da conta, sô!!
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
O olhar franco da beleza brejeira..
Só no sapatinho, no miudinho, devagarinho e aos pouquinhos esta moça vai conquistando o Brasil! Eu posso estar enganada, mas a minha intuição diz que Gyselle Soares será a mais nova milionária do Piauí. Vinte e quatro aninhos, pobrezinha, frágil, ingênua, tola. Que nada! Eis a mais ESPERTA jogadora do BBB8. ELA É SERENA, FOCADA, SABE MUITO BEM O QUE QUER E ONDE QUER CHEGAR. E por ser linda, espôntanea e dançar demais, já sofreu o peso da inveja em poucos dias de confinamento, fato este que colocou sua cabeça na guilhotina. Taí!, fiquei sua fã.
sábado, 12 de janeiro de 2008
INSOSSA..
Pois é gente! Que “diabos” as pessoas têm que tentam se provar nem que seja fazendo feio.. dizer que Marília Gabriela é a maior entrevistadora do Brasil, é sabido e não tem pra ninguém, é uma gigante. Agora também dizer que como atriz ela tá bem na fita; ah, vai catáaa laaata! Vai ser canastrona bem looonge.. putz!., até chegar a interpretar como uma atriz de verdade tem muito chão pela frente. Será que ela não se assiste depois?! Pôoxa meuamiiigo, que constrangimento as tantas caras e bocas e olhares e mãos: sem expressão nenhuma.. não diz nada com nada.. Penso que ela precisa passar por isso não.. e tenho dito.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
IMPERDÍVEL
A musicalidade dessa moça é fodástica! Dona de uma voz poderosa e explosiva é de uma superioridade invejável. Tem estilo e brilho próprio. Pontua nostalgia e saudosismo numa mistura de passado e futuro, mas com muita luz e cor. O disco Neptune City é excelente, as canções são pungentes, daquelas que deixam qualquer um nocauteado. No momento que a vi cantando identifiquei rapidinho: nasce uma nova estrela; eis Nicole Atkins.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
R E S S A C A M O R A L
A vida corre nervosa, estamos entupidos de planos, logo, não está fácil conciliá-los com os obstáculos; ok!, está tudo certo. Se eu não derramar para o outro minhas chateações; ok!, está tudo certo. Se o outro trabalha com labor, e fingimos não ver, mas vemos que ele cresceu profissionalmente e mudou de carro; ok!, está tudo certo. Desejamos bom-dia ao vizinho, mas não queremos ouvir negativas; ok!, tudo bem, está tudo certo. Se houver contratempo que aborreça meu parente, mas não chegue até mim; ok!, está tudo muito certo. Se usamos a língua para envenenar, mas a consciência fica leve; ok!, está tudo certo. Se nossas frustrações estão cada vez mais ativas, mas o final de semana é garantia para sorrir com picanha e cerveja gelada, e assim esquecermos momentaneamente os problemas; ok!, está tudo certo. Se nossos olhos não se fecham ao mal, e nos regozijamos com isso; ok!, está tudo certo. Se negligenciamos nossas crianças mesmo sabendo que o tempo voa; ok!, está tudo certo. Se formos execrados, mas fingimos não perceber para não descer do salto; ok!, está tudo certo. Se marido e mulher não se comprometem com a relação, mas se afogam nas ondas embaraçadas; ok!, está tudo certo. Se não falta cama quentinha para nós, mas falta aos sem-tetos; ok!, está tudo muitíssimo certo. Se eu viajo o mundo, vou aos melhores restaurantes, mas meu irmão nem sabe se existe Budapeste; ok!, muito bem, está tudo certo. Se não lançamos nosso mau humor no pedinte, mas também não fazemos nada para melhorar a sociedade; ok!, está tudo certo. Se se estiver a dois, cheio de ressentimentos, mas perante os amigos, estamos bem na fotografia; então ok!, está tudo bem certo. Se nossos filhos vestem as melhores roupas, mas seus primos mais próximos estão maltrapilhos; sem problemas, ok!, está tudo certo. Se formos devorados pelo outro, mas silenciamos fazendo vista grossa, pois devemos civilidade; ok!, está tudo certo. Se abominamos a falta de ética, mas furamos a fila do banco como quem não quer nada; ok!, está tudo certo. Se estamos gastando a natureza e o mundo já mostra sinais de morte, mas ainda assim ficamos paralisados; ok!, está tudo intensamente certo. Se nos envenenamos com vícios, raiva e maldade, mas torramos dinheiro em análise; ok!, está tudo certo. Se nos esforçamos por uma vida melhor, mas mesmo assim nossos filhos só reclamam e exigem; então, ok!, está tudo certo. Se fizermos o que não queremos, mas nos sentimos depois sufocados; ok!, está tudo certo. E se começou o ano novo, mas se estivermos outra vez de egoísmos renovados; ok!, está tudo para lá de certo.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
queria ser porto de abrigo..
Tenho uma frustração imensa que me consome: é não poder colocar os fracos, os carentes, os oprimidos e os necessitados, no colo.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Da linha zero: (re)começar
Virada do ano, CATARSE; pro ano novo, ainda nada tanto a falar. Somente chupar de mim a aspiração, cortar a fita vermelha e dar a partida. Inaugurar a nova fase. Que, em DEUS, seja boa em todos os sentidos, mas principalmente em crescimento espiritual. Principiar a leitura da Bíblia. Ser instrumento do bem. Arriscar todo meu ouro por um melhor futuro. Novos planos, correr novos riscos, novas conquistas, novas barreiras, enfim!, aprendizagem. E isso é bom. Sem queixas e com menos reclamações, apenas definições e objetivos no esboço. Saltar o vôo de tentar. Sair do mais ou menos e do medo da mudança. Partir para outros rumos, outros desejos, novas construções. Mirar o foco. Ousar. Jogar-me. E não me perder de SER.
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