terça-feira, 27 de março de 2007
Na ordem da foto: Selena e Celina
domingo, 25 de março de 2007
Espanha, terra dos extremos e do contraste

segunda-feira, 19 de março de 2007
Até quando?
sábado, 17 de março de 2007
haja palavras para o que não digo..
sexta-feira, 16 de março de 2007
Da ternura
quarta-feira, 14 de março de 2007
ferida que não se farta
.. O amor foi tão grande que dobrou o entardecer em oito pedaços de papel seda carmim. Rutilante brasas inflamadas contra cortinas violetas do vão a cortar nuvens acesas do mosaico de cores que jazia.. e abriu-se a escuridão.. Quedaram num beijo alucinógeno; mãos nervosas, bocas ferozes, línguas aderentes. Alimentavam-se de verbos lançados, aspiravam ópio viciados de paixão. Bebiam seus próprios líquidos. Venciam a noite com o vinho quente e úmido dos enlouquecidos.., e em fatias cortaram a madrugada como a um bolo recheado de amados e amantes, deliciaram-se com seus odores até o romper do crepúsculo.. impregnaram-se de goles intensos de lascívia, embriagados, invadidos!.. depois morreram..
segunda-feira, 12 de março de 2007
mais de mim..
Saboreou cada nota, devagar. Sentiu. Arrepiou-se. Deixou-se possuir pelo som viajante. Percorreu lugarejos e o tempo, voou ao passado, se via com seis anos, de botinhas marrons e vestido roséo bordado com o ponto casinha de abelha. Na cabeça laços vermelhos enfeitavam a palidez do rosto.
Coração entoando a batida certa. Consumiu a melodia, em seguida veias a pulsar. Carmina Burana a impregnava. Corria das mãos às pontas dos dedos, deslizou nos olhos, depois na face, saiu pelos poros, dançou nos cabelos, explodiu na alma e só depois vazou aos ouvidos. E ouviu como se fosse a última vez. E assim foi!
E se fez a palavra, e o verbo, e a frase, e o texto, e a MÚSICA; dolente e cadente, lancinante e enternecida, carente e vibrante, lamentosa e referente, tocante e bela, transportadora e aflitiva, assustadora e atemporal, lúgubre e ensolarada, devoradora e insaciável.. e.., Paciente.
quinta-feira, 8 de março de 2007
...e Deus criou a mulher
segunda-feira, 5 de março de 2007
Sentimentos..
Deslizava nas sete cores do arco-íris de uma ponta a outra como num escorregador se jogando entre os pingos que começava a cair. Pulava, rolava, nadava a braçadas, mergulhava no horizonte. Afogava-se no céu e voava ao sabor do vento feito a aerodinâmica das borboletas. Contemplava o firmamento azul anil, e quanto mais livre sentia-se, mais se assombrava, mais agradecia ao deleite que a tornava leve. Na teia do espaço se agarrava às moléculas do oxigênio como se fosse uma hóstia.. e cavalgava no ar.. e bebia a chuva.. e pisava nas gotas grossas.. e sentia cócegas nos pés. Observava do alto com uma sensibilidade delirante as árvores serem possuídas pelo choro celestial, apreciava a dança, uma a uma, singularmente: as mangueiras imponentes, as bananeiras flutuantes, as palmeiras esvoaçantes, o fícus nos jardins, os cajueiros charmosos, as pitombeiras lisas, as goiabeiras singelas e a sua preferida, a azeitona roxa; fruto de sua lembrança mais tenra. E sentindo o verbo nascer da boca do estômago vomitou com uma ferocidade de viver que suprimia qualquer dor: Amo. Amo. Amo. Bela natureza!!







