Esta é a tentativa de capturar o curso da minha história. Neste (Co)existir me misturo com pessoas, palavras, olhares, sensações, livros, música, arte, o sol, o luar, o choro, o grito e o riso. A intenção é boa. Vou aprendendo a partir das lições que a vida me presta. Aqui você vai encontrar pensares, lugares, repescagens, emoções, coisas e causos. Se é relevante? Talvez. Na verdade escrever é que é viciante. Bem como ser lido. E agora? Estou viciada! Seja bem vindo e desfrute comigo. SELENA
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
E DEUS criou a MULHER...
O universo feminino é rico em uma grande sensibilidade quase inalcançável. Considerando-me parte dessa esfera gosto de deambular pelas características multifacetadas do sexo frágil. Ensaio ao máximo meu próprio distanciamento para melhor compreender esse turbilhão hormonal. Toda mulher tem de fato uma percepção extra-sensorial que está fora de questão. Ponto. Para nós, tudo importa. Ou os dias estão mais rosados, ou o céu está menos azul, ou mais cinza, ou chove lágrima ou pérolas. Somos seres emocionais pela simples natureza, e no entanto, buscamos a sabedoria. Sem onipotência. Longe disso. Mas é incrível! Nós mulheres enxergamos a vida de frente, lado e costas, e, não sei bem o porquê, detemos um poderoso terceiro olho: a intuição. Mas o mais curioso que possa parecer é a dinâmica de todos os dias sendo feita e refeita com maestria. Damos conta do recado com primor e o mais inexplicável ainda é que, obcecadas por detalhes, percebemos um ínfimo pontinho preto no canto mais insignificante do gesso da sala. Múltiplas à nossa medida podemos ser ao mesmo tempo: mãe-torista; pai se houver necessidade; administradoras da casa e tudo que ela implica; fortalecedora do emocional de nossos filhos usando a palavra certa; apaziguadora das animosidades entre irmãos; suportadoras do mau humor do marido. Enxergamos o TODO... enfim... E sem esquecer que mil mulheres habitam em nós, ainda fabricamos tempo para submergir à nossa individual companhia. Se sofridas, choramos. Se contentes, choramos; mas somos alegres. Lutamos pela essência da vida e viemos afloradas para amar, amar e amar... Desenvolvemos métodos para transformar o complexo em simples, o pouco tempo em tempo de qualidade, a severidade atrelada de um manso sorriso e o santo puxão de orelha. Somos duais.... plurais... mulheres... mães... Somos ninja! Arranjamos solução para tudo, porém não somos tolas. Temos a capacidade de pensar e planejar variadas coisas ao mesmo tempo sem nenhuma confusão mental. E o mais compensador de tudo isso é que com tantos afazeres domésticos e a psicologia sendo exercitada à quem guardamos sob nossa asa, ainda assim, queremos cuidar desses amores com rigor sem par. Somos a comunicação viva, o diálogo equilibrado para a felicidade geral da instituição chamada FAMÍLIA. Em vista disso, carecemos do nosso “time” para refletir e reorganizar o caos cotidiano em seu devido lugar. E então, ressurgir como a fênix, novinha em folha... em cada amanhecer.
Posso vender minha imagem bem legal, isso me faz diferente e apresentável, mas será que seria de todo, ética?! Pois é.., então vamos: adoro apreciar pintura, posso não entender, mas meu coração sente. Tenho saudade da infância no interior, me lembra meus avós. Para este momento escrever é meu ofício, a palavra é minha flecha, todavia não quer dizer que vou ferir alguém. Gosto de conversar. Amo viver! Tudo que acontece na vida é bom, até os desencontros. Falo pelos cotovelos, me derramo demais. Não é nada difícil iniciar uma boa palestra com alguém que acabei de conhecer. É ligeiro bala! Até mais do que deveria ser. Penso que a solidão também pode ser bela. Gosto de momentos meus. Já borrei meus cílios na negridão da noite. Não gosto de falar só o trivial. A paciência as vezes não me visita. Gosto de gente inteligente. Adoro liberdade, viajar e visitar museus, eis o meu balão de oxigênio. Se pudesse conheceria o mundo, este é meu sonho de consumo.
Quase gosto da vida que tenho, e estou aprendendo a desfrutá-la em toda a sua singeleza, sem cobranças nem idealizações.