Escrever me ilumina o espírito; poetar me faz viva, inspira-me os agravos e desagravos, o que inflama e suaviza, o que conjectura e disseca... o que brota... da raiz de mim. Poesia é elevação de idéias. Poesia é soma de afetos. É a revelação da minha caverna que quer vazar. É vida em comum das letras que se juntam. É compreender que cada palavra faz acordo uma à outra, até mais para além de onde posso enxergar... virar-me várias vezes, revirar-me, do avesso ao direito, das coisas ocultas, desde sempre, desde o abrigo do leite materno, desde o ventre divino, que vibra e dobra a alma, que assusta o susto e encrespa o calafrio do corpo. É o despertar da melancolia, da angústia, da dor, da alegria, da paixão... E enquanto palavras comovem e castigam o ponto exato, não competem com nada, nem com leigos ou cultos, nem com o gênero romanesco; mas a poesia está lá e aqui, em ti e em nós, revelando-se, revelando-me, sem conhecer a união das vogais e consoantes. É como o sol se espalhando em um manto de topázio envolvendo a noite; tal a cor da madrugada branda, daquele dia do qual voltei do aeroporto, onde a rua, solitária, comigo, ao volante do carro. Silêncio... nada mais.sexta-feira, 31 de julho de 2009
ESCREVER a V I D A
Escrever me ilumina o espírito; poetar me faz viva, inspira-me os agravos e desagravos, o que inflama e suaviza, o que conjectura e disseca... o que brota... da raiz de mim. Poesia é elevação de idéias. Poesia é soma de afetos. É a revelação da minha caverna que quer vazar. É vida em comum das letras que se juntam. É compreender que cada palavra faz acordo uma à outra, até mais para além de onde posso enxergar... virar-me várias vezes, revirar-me, do avesso ao direito, das coisas ocultas, desde sempre, desde o abrigo do leite materno, desde o ventre divino, que vibra e dobra a alma, que assusta o susto e encrespa o calafrio do corpo. É o despertar da melancolia, da angústia, da dor, da alegria, da paixão... E enquanto palavras comovem e castigam o ponto exato, não competem com nada, nem com leigos ou cultos, nem com o gênero romanesco; mas a poesia está lá e aqui, em ti e em nós, revelando-se, revelando-me, sem conhecer a união das vogais e consoantes. É como o sol se espalhando em um manto de topázio envolvendo a noite; tal a cor da madrugada branda, daquele dia do qual voltei do aeroporto, onde a rua, solitária, comigo, ao volante do carro. Silêncio... nada mais.segunda-feira, 27 de julho de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
D O M E D O
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Auto Crítica...
sábado, 18 de julho de 2009
Vida boa...
Gosto de observar as nuvens e imaginar centenas de formatos diferentes. Adoro frases com duplo sentido, mas não gosto das entrelinhas medíocres. Gosto das tempestades, especialmente raios azuis e chuva de cavalo beber em pé. Adoro arco-íris nos prados, a lua em meu quintal, as estrelas explodindo em meu olhar e o mar num fim de tarde púrpura. Eu não gosto do vulgar, mas sim do inesperado, especialmente se este for bom. Gosto de chupar o brigadeiro da colher, do cheiro da lavanda na estrada. Gosto de viajar de carro. Adoro os pormenores mesmo se insignificantes. De alguma forma significam algo. Gosto de nostalgia, melancolia e de recordar memórias. Gosto de castelos, príncipes, princesas, fadas, anjos, unicórnios e pôneis voadores. Faço-me criança às vezes. Amo o silêncio, mas não os desconfortáveis e desconcertantes e, no entanto, eles estão fartos de significados. Jogo-me nas histórias de amor improvável, mas não quer dizer que sejam impossíveis, essas histórias movem o eixo da terra. Gosto da perpetuação das canções de cada momento. Gosto de roubar sorrisos e suspiros. Mais uma coisa eu gosto tanto!, das estações ferroviárias de todos os lugares por onde passei: mundos se cruzam, vidas perpassam em cada direção... Gosto das avenidas ladeadas por sândalos. Gosto das pontes e das pinguelas. Apetece-me pôr nome nas coisas e as simplificar. Gosto de escutar o vazio. Gosto de desbravar locais despercebidos e ruas antigas, mas acima de tudo... gosto também de glamourizar o simples... e tem sido bom... Arebaba!!!






