Esta é a tentativa de capturar o curso da minha história. Neste (Co)existir me misturo com pessoas, palavras, olhares, sensações, livros, música, arte, o sol, o luar, o choro, o grito e o riso. A intenção é boa. Vou aprendendo a partir das lições que a vida me presta. Aqui você vai encontrar pensares, lugares, repescagens, emoções, coisas e causos. Se é relevante? Talvez. Na verdade escrever é que é viciante. Bem como ser lido. E agora? Estou viciada! Seja bem vindo e desfrute comigo. SELENA
sexta-feira, 31 de julho de 2009
ESCREVER a V I D A
Escrever me ilumina o espírito; poetar me faz viva, inspira-me os agravos e desagravos, o que inflama e suaviza, o que conjectura e disseca... o que brota... da raiz de mim. Poesia é elevação de idéias. Poesia é soma de afetos. É a revelação da minha caverna que quer vazar. É vida em comum das letras que se juntam. É compreender que cada palavra faz acordo uma à outra, até mais para além de onde posso enxergar... virar-me várias vezes, revirar-me, do avesso ao direito, das coisas ocultas, desde sempre, desde o abrigo do leite materno, desde o ventre divino, que vibra e dobra a alma, que assusta o susto e encrespa o calafrio do corpo. É o despertar da melancolia, da angústia, da dor, da alegria, da paixão... E enquanto palavras comovem e castigam o ponto exato, não competem com nada, nem com leigos ou cultos, nem com o gênero romanesco; mas a poesia está lá e aqui, em ti e em nós, revelando-se, revelando-me, sem conhecer a união das vogais e consoantes. É como o sol se espalhando em um manto de topázio envolvendo a noite; tal a cor da madrugada branda, daquele dia do qual voltei do aeroporto, onde a rua, solitária, comigo, ao volante do carro. Silêncio... nada mais.
Posso vender minha imagem bem legal, isso me faz diferente e apresentável, mas será que seria de todo, ética?! Pois é.., então vamos: adoro apreciar pintura, posso não entender, mas meu coração sente. Tenho saudade da infância no interior, me lembra meus avós. Para este momento escrever é meu ofício, a palavra é minha flecha, todavia não quer dizer que vou ferir alguém. Gosto de conversar. Amo viver! Tudo que acontece na vida é bom, até os desencontros. Falo pelos cotovelos, me derramo demais. Não é nada difícil iniciar uma boa palestra com alguém que acabei de conhecer. É ligeiro bala! Até mais do que deveria ser. Penso que a solidão também pode ser bela. Gosto de momentos meus. Já borrei meus cílios na negridão da noite. Não gosto de falar só o trivial. A paciência as vezes não me visita. Gosto de gente inteligente. Adoro liberdade, viajar e visitar museus, eis o meu balão de oxigênio. Se pudesse conheceria o mundo, este é meu sonho de consumo.
Quase gosto da vida que tenho, e estou aprendendo a desfrutá-la em toda a sua singeleza, sem cobranças nem idealizações.