Esta é a tentativa de capturar o curso da minha história. Neste (Co)existir me misturo com pessoas, palavras, olhares, sensações, livros, música, arte, o sol, o luar, o choro, o grito e o riso. A intenção é boa. Vou aprendendo a partir das lições que a vida me presta. Aqui você vai encontrar pensares, lugares, repescagens, emoções, coisas e causos. Se é relevante? Talvez. Na verdade escrever é que é viciante. Bem como ser lido. E agora? Estou viciada! Seja bem vindo e desfrute comigo. SELENA
sábado, 22 de novembro de 2008
do amor ao ódio; da resignação à LUZ...
No princípio quem sempre aplaudiu foi eu. Fui alegre e triste e depois fui de novo alegre e triste. Doação sem condições. Dor? Das mais cortantes. Saudade? Moeu os ossos da alma, das coisas vividas e das não vividas. Afeto? Dos afetos sou, afetuosa me refaço. Já chorei tanto que queimou a pele do meu rosto. Ridiculamente possessiva um dia fui. Intensamente lasciva, também fui. Fui paixão tirana e vaporizei meu eu. Escancarei gargalhada de faltar o fôlego dentro da boca dele. Também já beirei o precipício e fui tragada anti-o-vácuo. O verbo bradei aos quatro cantos a explodir meus pulmões que de amor não me cabia IMENSO... Imediatismo era minha vã filosofia, dei com os burros n'água e o Caos me harmonizou. Hoje sou feita da paciência. Da espera. Do sereno. Quem sempre fez festa pra ele e por ironia do destino a derradeira, a saber, fui eu. Fui rumo, desvio e cólera. Fui âncora, choro e ritmo. Fui a bendita e a desdita. A santa e a puta. Fui personagens dos livros que li. Dos filmes e novelas que assisti. De tudo que observei. De tudo que vivi. De tudo que ri. Fui a explosão da escrita, da voz e do silêncio. Da traição que sangrou, e do perdão que coagulou. Ora sensibilidade, ora pedra. Sangria e homeostasia. Padecimento e prazer. De tudo um pouco. Do sentimento requentado e absolvido. Revelado a si.... revela-se. E esta que vos fala, com dor e analgesia, ora perdida, ora encontrada, ainda sou eu...
Posso vender minha imagem bem legal, isso me faz diferente e apresentável, mas será que seria de todo, ética?! Pois é.., então vamos: adoro apreciar pintura, posso não entender, mas meu coração sente. Tenho saudade da infância no interior, me lembra meus avós. Para este momento escrever é meu ofício, a palavra é minha flecha, todavia não quer dizer que vou ferir alguém. Gosto de conversar. Amo viver! Tudo que acontece na vida é bom, até os desencontros. Falo pelos cotovelos, me derramo demais. Não é nada difícil iniciar uma boa palestra com alguém que acabei de conhecer. É ligeiro bala! Até mais do que deveria ser. Penso que a solidão também pode ser bela. Gosto de momentos meus. Já borrei meus cílios na negridão da noite. Não gosto de falar só o trivial. A paciência as vezes não me visita. Gosto de gente inteligente. Adoro liberdade, viajar e visitar museus, eis o meu balão de oxigênio. Se pudesse conheceria o mundo, este é meu sonho de consumo.
Quase gosto da vida que tenho, e estou aprendendo a desfrutá-la em toda a sua singeleza, sem cobranças nem idealizações.