Esta é a tentativa de capturar o curso da minha história. Neste (Co)existir me misturo com pessoas, palavras, olhares, sensações, livros, música, arte, o sol, o luar, o choro, o grito e o riso. A intenção é boa. Vou aprendendo a partir das lições que a vida me presta. Aqui você vai encontrar pensares, lugares, repescagens, emoções, coisas e causos. Se é relevante? Talvez. Na verdade escrever é que é viciante. Bem como ser lido. E agora? Estou viciada! Seja bem vindo e desfrute comigo. SELENA
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Que baixe em mim a Samantha ! ! !
Sexta-feira. Dia de faxina braba. É o que minha casa precisa há um punhado de dias. Daquelas de aspirar o pó da parede e espremer o assoalho, com água, sabão e alvejante. Bem, eu poderia mentir aqui pra vocês se dissesse que adoro dançar com a fregona no chão da casa, ora pois, não animo não; porém, se for ouvindo uma boa música até que dá pra enfrentar a labuta. Quando se trata do cheirinho de limpeza se espalhando pelo ar, aí sim, desce a ínfima coragem de encarar a sujeira de frente. Mas, também, é nesse momento que me lembro da Feiticeira, uma das minhas prediletas da infância. Ela era educada, linda, elegante e bondosa. Tinha super-poderes, um casamento perfeito, filhos perfeitos, mas ainda assim tocava a vida como uma reles mortal. Claro, que Endora - sua mãe, fazia as tantas bruxarias para minar seu casamento, mas neste campo o amor sempre falou mais alto. Eu adorava imitá-la quando torcia o nariz para desfazer algum feitiço ruim de sua aloprada mãe. Ah, meus amigos!, quando menina, juro que tentei aprender aquele charmoso gesto a qualquer custo. Imaginem! Em questões de segundos, torcer a boca e o nariz e consertar algumas coisas das nossas vidas: as mal feitas, as não feitas e as feitas da forma errada. No entanto, nenhum feitiço é melhor que o tempo rei. E os clichês? Servirão para colorir o feitiço que é viver.
Posso vender minha imagem bem legal, isso me faz diferente e apresentável, mas será que seria de todo, ética?! Pois é.., então vamos: adoro apreciar pintura, posso não entender, mas meu coração sente. Tenho saudade da infância no interior, me lembra meus avós. Para este momento escrever é meu ofício, a palavra é minha flecha, todavia não quer dizer que vou ferir alguém. Gosto de conversar. Amo viver! Tudo que acontece na vida é bom, até os desencontros. Falo pelos cotovelos, me derramo demais. Não é nada difícil iniciar uma boa palestra com alguém que acabei de conhecer. É ligeiro bala! Até mais do que deveria ser. Penso que a solidão também pode ser bela. Gosto de momentos meus. Já borrei meus cílios na negridão da noite. Não gosto de falar só o trivial. A paciência as vezes não me visita. Gosto de gente inteligente. Adoro liberdade, viajar e visitar museus, eis o meu balão de oxigênio. Se pudesse conheceria o mundo, este é meu sonho de consumo.
Quase gosto da vida que tenho, e estou aprendendo a desfrutá-la em toda a sua singeleza, sem cobranças nem idealizações.