quarta-feira, 30 de abril de 2008

M I S T E R I O S A S

Ora, ora.. veja só! Tenho verdadeira curiosidade de saber como as muçulmanas percebem o mundo para além do que vivem e de como se vestem. Gostaria de poder conversar com elas e entender sua realidade: se caminham em cima das regras, se são realmente oprimidas pelo islã como são mostradas à nós pela televisão, se têm menos regalias e direitos que os homens, como são consideradas perante a sociedade, se são afetuosas, se beijam a boca de seus maridos, se gritam ou são contidas, se discutem as relações, se trabalham fora de casa, e como funcionam dentro da família nuclear? Nas minhas viagens, vira e mexe, me deparo por todos os cantos com várias delas debaixo de toda essa parafernália, sua vestimenta e pior, não paro de observá-las, chamam minha atenção também pelo modo de olhar, harmonizam os olhos por entre o lenço a fim de alcançar o mundo. É interessante demais! E por falar em olhos.., que olhar! Brilhante, invoca minha atenção, vou de encontro a ele e fixo tentando compreendê-lo: é tão profundo como distante; cada olhar conta uma história, mas pena que não consigo decifrar.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

A biografia de uma vida vazia

Era sábado. Que coisa louca meu Deus!, eu estava mais dormindo que cochilando e do nada abri os olhos, a voz que me balançou vinha do programa “Altas Horas” e dizia assim:

“Pensando em fazer, pensando em fazer, se passaram 20 anos... Não consegui, não consegui, se passaram 20 anos... Ai, por que não fiz?, ai, por que não fiz?, se passaram 20 anos... Assim, se passaram 60 anos... Essa é a biografia de uma vida vazia.”

Rapidamente digitei tal mensagem em meu celular. E então daí refleti: conscientemente sinto-me assim, um sentimento íntimo me avisa o que se passa comigo, é que estou quase da maneira que fala o provérbio tibetano. As palavras de Lama Michel Rinpoche abriu meu olho mental a fim de cutucar minha consciência, e creio que conseguiu. Mesmo que eu esteja dormindo meu inconsciente está alerta, ele nunca me trai; vive em pé de guerra com minha frágil consciência. Depois de um tempo pensando, discretamente percebi que o sábio e simples ensinamento do monge não só me incomodou, mas pontiagudo martelou-me o juízo. E doeu os ouvidos da razão, doeu muito.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Piano em chamas

Destaco aqui no blog a fim de fazer as pessoas pensarem. Um famoso pianista de jazz lá do Japão, "presenteou" tal espetáculo para quinhentas pessoas em uma praia tendo como pano de fundo o mar e o pôr-do-sol. Creio eu, que os elementos da natureza não viram graça alguma. Mas qual a graça desse acontecimento mesmo, há poesia nisso? Segundo o dono do instrumento era a de se despedir, pois não mais usava-o e assim demonstrar sua "paixão ardente". É, cada doido com suas manias. Por que então não o doou? Já pensou se para toda paixão ardente nos despedíssemos ateando fogo!, xiii.. era carvão de gente pra todo lado. Mas vale tudo quando a questão é aparecer, né!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Uh la lá... Paris.. Bon voyage..

Paris. Era nossa derradeira noite naquela beleza de cidade. Mais ou menos vinte e uma horas e o perfume do jantar povoava o apartamento do quarto andar. O vinho dançando na taça me fazia salivar. Sentamos à mesa e saboreamos o especial 'Peru ao curry' que nossos anfitriões ofereceram. Brindamos o momento que se espalhava em nossa volta dizendo em coro ao casal de amigos: "Caramba, que delícia!, vocês cozinham muito bem!". Eles agradeceram, deram um leve sorriso e suspiraram. E em companhia agradável comi, conversei e sorri. Comentávamos entre um gole e outro acerca dos lugares marcantes da cidade luz. Cada um com sua subjetividade sobre os pontos altos e baixos, mas todos de alguma forma satisfeitos, afinal era a charmosa Paris dos poetas e do amor. A noite estava muito fria e mesmo assim não resisti, abri a porta de vidro que dava para a sacada e um vento cortante me transpassou. Naquela ocasião não me importei com os dez graus Celsius, espreitei-me na mureta a me abstrair e "parisiar" pela última vez. Segurei a noite guardando a paisagem como em um quadro gigante: a arquitetura deslumbrante, a iluminação difusa, os carros, os pouquíssimos transeuntes, as folhas secas no chão da rua e os jardins banhados de laranja. Enfim pensei: a felicidade me dá medo.

domingo, 20 de abril de 2008

O QUE ESTA IMAGEM TE DIZ?

Ontem e hoje eu passei o dia com a macaca! Aliás, esses últimos quinze dias. Só vejo palhaçada, teatro, show pirotécnico e exibicionismo nesta TV de merda. A casa caiu, mas não entendo o fato do casal “coisa ruim” ainda não estarem no xilindró. Ao que tudo indica eles mataram a pequena Isabella Nardoni, e com requintes de crueldade. Tento caucular a dor e a agonia de quem perde um filho, e pior ainda quando o motivo é torpe e desumano. Imagino também como deve ser horrível passar por uma circunstância de rapto ou assalto a mão armada. A verdade é que vivemos em um mundo preenchido pelo mal. Ponto. Entretanto a única coisa que tenho certeza é que nada será igual para nenhuma dessas famílias, nunca mais, por mais que o tempo passe, ou teimosamente queira e tente. Não se pode mudar o que houve, nem a dor do presente que será passado e depois futuro, nem a eternidade... Uma úlcera difícil de cicatrizar para além dos anos, sucessivamente... na sola do sapato, a cada pisar uma lembrança, o silêncio dos sapatos martelando a vida de quem os carrega, a falta de quem se foi e vários corações rachados que deixou. O fato desses assassinos não estarem presos coloca o dedo na maior ferida: o Sistema falho. Diz-se que o testemunho é a prostituta das provas, nesse caso então a polícia que trate logo de minar os dois emocionalmente ao ponto de se entregarem. Eu tenho para mim que a Justiça de tão cega não se deixa ver os olhos. Cadê!? A deusa que segura uma balança representando a igualdade para todos, sendo eles pobres ou ricos?! Será mesmo que rico vai preso no nosso país? Não se pode negar o óbvio, Alexandre e Ana Jatobá estão apavorados em perder o direito de ir e vir, mas incoerentes tiraram o livre arbítrio de uma criança vivê-lo; pai e madrasta decidiram o destino da linda pequena de apenas cinco anos. Gozado não? Então o que me dizem? Não quis acreditar que pudesse ter sido eles, pois tamanha aberração da natureza foge a nossa compreensão. Isto é, toda uma anomalia que vêm acontecendo no mundo, toda uma fenda podre de uma sociedade precária, sem valores, sem amor, sem fé, sem DEUS, sem nada. Chega, chega de ver tanta maldade no mundo e não tentar frear. Basta! O Brasil exige uma resposta. E a voz do povo é a voz de Deus.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

branco e preto

Penso que escrever me torna mais atenta às descobertas. Observo melhor as coisas miúdas que antes passaria totalmente despercebida. Se eu já era desde sempre obcecada por detalhes, agora então nem se fala, meu campo de visão draga tudo que há na minha frente: uma flor, um gesto, um sorriso colorindo o dia, uma frase, uma canção, uma tela vazia, a chuva, o sol, a rua, a nossa efemeridade...
Não é onipotência nem presunção, tampouco soberba, ao contrário, é que me apetece perceber a vida acontecendo, e a vida são as pessoas, o Todo. Tudo que cruza meu caminho em frente e verso e difuso, tenho bondosos olhos espiões. Se enxergo, eu vejo. Nada a mim se apaga ou escapa. Uma soma de possibilidades que vou pintando em uma série de palavras, com o intuito de refrigerar meu espírito, e do mesmo modo o de quem lê. Nasce por vezes tão espontaneamente que o monitor me sorrir. Meus dedos robustos tomam conta de mim, eles parem caracteres e não me obedecem mesmo se eu estiver apática. A inspiração me vence. Não tenho como recusar o que meus dedos pedem. Como este texto de agora, por exemplo: surgiu de um momento, um papear sobre a simplicidade de existir e o mistério que é Deus, do qual muitas vezes cegamos diante das maravilhas que Ele faz, e ainda assim não aprendemos a agradecer.
Alguns escritos surgem de coisas banais e logo publico, já outros com teor mais eloqüente e mais elaborado que considero até bons são entocados na gaveta. Tem intensidade maior, mas ficam lá encostados; entretanto humildes, esperam ser solicitados. Suponho que a gaveta assegura o decantar da escrita e o tempo que passa se encarrega de depurar qualquer exagero. Possivelmente eu sinta mais segurança se guardados estão. Quem sabe um dia quando desejar publicá-los se tornem mais interessantes. A verdade é que nem eu mesma sei por que escolho um texto ao outro. Vai entender!

terça-feira, 15 de abril de 2008

das coisas comezinhas...

Teresina, ontem de madrugada, muita chuva, friozinho. Noite boa. Lembranças. De fondue de chocolate com frutas. De queijo, presunto, pão italiano, tomate seco, vinho do Porto. O sangue. Doce. O cristal. A mão. Vermelho-vivo. A troca. A paixão. A pele clara. O batom escarlate. O olhar negro. Delineado. A sedução. O rosto rijo. As promessas. O amor. A dança. A amizade. Um bom restaurante em Beagá. Mesa posta. Colorida. O prazer. A cumplicidade. A alegria. De viver. O momento. Comer com os olhos, engolir o aroma, apreciar com a língua. Saudade. Da serra. Da música. Daquele cheiro. Do lugar que aprendi a amar. Das linhas gerais. Das Minas. São tantas. Vontade. De rever. Amigos da faculdade. Gostaria. Agora. Poder. Viajar. Passear. Palavrear. Com direito a cafezinho e pão de queijo. E brindar. Tin tin.

domingo, 13 de abril de 2008

dos pecados e das virtudes..

PECADOS E VIRTUDES, palavras antagônicas, porém intrínsecas ao ser humano. Somos pecadores ambulantes, caminhamos eternamente com essa dualidade virtuosa e pecaminosa, vez ou outra lutando internamente para o bem contrapor o mal. Tais conflitos latentes inerentes a nossa existência e que nos faz decidir o que queremos seguir.

Assistindo ao filme ''O caçador de Pipas'', vi um sábio homem dizer para um rapaz a seguinte frase: ''Meu jovem, no mundo apenas existe um pecado: o roubo, todos os outros são derivados deste. Como: quem mata alguém rouba-lhe a vida e o direito de ser mãe, pai, filho, esposa... Quem mente rouba de alguém a verdade...''. Neste momento pausei o filme e refleti sobre isto. Afinal, todos nós roubamos algo ou alguém de alguma maneira? Eu sou uma fraude? Você também? Somos predadores em potenciais da nossa própria sorte? E por aí segui tarde adentro voltando-me como a uma fita que se rebobina, e, com o filme em pausa e tantos questionamentos sobre a frase daquele senhor, me permeti fazer muitas ponderações.

No entanto, após um momento de introspecção eu me trouxe de volta à realidade, deixando meus pensamentos imersos lá no lugar deles, e então falei em voz alta: uai!, mas pecado vêm atrelado ao perdão, não é mesmo? Decerto, é a mais pura verdade, cujo perdão é pai da transgressão e de alguma forma estão acorrentados um ao outro. Todo pecado necessita do perdão; para todo perdão ocorreu um pecado. Se o dolo sai de dentro de nós, pecamos só pelo fato de sermos imperfeitos, porém se arrependidos nos tornamos, lutamos pela conquista do tão ansiado perdão.

Primeiro nossa consciência faz juízo de nós mesmos, e em punição acende dentro das nossas cabeças a lâmpada do remorso. Examinamos nosso eu por si mesmo. E dói. Como ferida aberta. É a assinatura do nosso arrependimento. Daí recorremos a infinita misericórdia de Deus, que perdoa se há verdade no sentimento. Esta é a Lei Perfeita que aprendi, todavia que ainda hoje acredito.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Curioso..

Quando estou lendo um livro e deixo-o no criado mudo para retomar meus afazeres, tenho a nítida impressão que a história está lá acontecendo, mas ao mesmo tempo todo aquele universo espera por mim. Sei lá, sinto que faço parte de alguma forma, que adentro as páginas e observo o desenrolar da ficção, porém despercebida. Considero a escrita e o livro as maiores invenções do ser humano. Poder ler, imaginar e se transportar ao cenário é viajar sem precisar ir ao lugar. São os livros que me livram do cativeiro. Preciso deles para manter minha sanidade mental. Eles curam-me. Salvam-me. Do mundo. De mim.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

MOSAICO DO CRIME; Imprensa e TV atrapalham

Penso que a imprensa está exagerando acerca do caso Isabella Nardoni. Foi uma tragédia para todo o país, um crime brutal, coisa para bárbaros, foi sim. Mas não cabe sofismas, este episódio sinistro deve ser criteriosamente levado em conta várias possibilidades, inclusive a de que os principais suspeitos possam ser inocentes, também. Se realmente forem os culpados, que paguem sua dívida. Todavia a opinião nacional não é lei e nem é profeta. Sendo então de total responsabilidade da polícia e da justiça. Não se pode fabricar "culpados", deve haver um maior detalhamento pericial, sigiloso e absoluto, sem fazer desse infortúnio, um SHOW. Posso estar enganada e ser até leviana, mas tenho percebido pirotecnia em alguns programas de TV, aproveitam tal barbaridade como gancho para subir no IBOPE, e isto é falta de ética. Chega a ser imoral! Usam imagens da mãe da menina, a bombardeiam de perguntas, a seguem na missa de sétimo dia da filha, valorizam a presença dos curiosos na porta de sua casa: a negam a dignidade de sofrer e chorar o seu luto. Tantos flashes para Ana Carolina, entretanto, ela precisa ficar só, ver a ficha cair, exprimir sua tristeza, sentir raiva, saudade, lavar a alma, enfim.. Tanto é que a vi dizendo que a filha não gostaria que ela sofresse. Talvez fuja desse sentimento por medo de encarar de frente a lesão que a dor causou, do qual não seria salutar. O ser humano carece de momentos seus, de se moer se houver necessidade, de questionar a maldade do mundo e das pessoas, de gritar, de sangrar. Mas mesmo que ela se permitisse ficar sozinha nesse momento, não poderia; roubamos-lhe o direito. E de tanto assistir ao espetáculo em cima do coracão partido dessa mãe, nasce em mim a vontade de bradar um: PÁRA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER! E que fique bem claro, Ana Carolina não é uma celebridade.

sábado, 5 de abril de 2008

PRETA GIL: faça-me o favorrrr!!!!

Será o benedito? O que ocorre com a televisão brasileira? Dia desses zapeando pela TV aberta tive um encontro para lá de burlesco, fiquei de frente com Preta Gil fazendo parte do elenco em uma novela da Record, e me assustei com sua tosca interpretação. É risível: atua mal, a fala não convence, o gesto é fake, até o olhar é canastrão. Principalmente o olhar; não diz nem conta nada. Esta moça é o quê mesmo: atriz, cantora, cantriz, apresentadora ou apenas a filha de Gilberto Gil? Faça-me o favorrr! Pelo menos a coragem para dar a cara pra bater não lhe falta. Tem que ter culhão roxo para fazer ridículo na TV. Xiii., me enganei!, ela não possui "culhões". Ah!, mesmo assim.. deixaparaláaa.. senti vergonha por ela. Cruuzes!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

da dor devastadora..

Comoção em todo o país. Quem matou Isabella Nardoni? A polícia junta as peças do quebra-cabeças a fim de desvendar o mistério do cruel assassinato. O pai e a madrasta, principais suspeitos, estão "reclusos" sob investigação sigilosa da polícia. E se ainda existe justiça, que se faça urgente! De toda essa história me vem o pensamento de que o pai e a madrasta não estão presos, mas sim quem está realmente PRESA é Isabella e Ana Carolina: filha e mãe. A criança que teve sua vida chupada violentamente; e a mãe, que, aos pedaços, resta-lhe o coração com a dor da cólica. Quem perde então? Filha e mãe. São arrancadas uma da outra e da vida, roubam-lhes o direito de desfrutarem os cinco sentidos humanos: audição, tato, olfato, paladar e visão. A menina com apenas cinco anos, antes de ser morta sofreu e sentiu pavor sem o direito da escolha. A mãe, agora sequelada, carregará pelo resto de sua sorte uma saudade que nunca terá fim., e se perguntará todos os dias: porquê, meu Deus, porquê? Eis a carga mais terrível e impossível de suportar.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

TERESINA LINDA!!!

O céu líquido, tenso, vento, denso, tempo.

terça-feira, 1 de abril de 2008

"Rompi tratados, traí os ritos"

O que Ney Matogrosso tem em comum com a Gyselle do bbb8? O Olhar da Esfinge: "Decifra-me ou Devoro-te". Ele misteriosamente devora com seu olhar direto e franco, com suas músicas lindas e precursoras. Ney olha para além, acompanha a vida com um olhar quente, olha dentro do coração, parece vê o fundo de nós. Foi então que lá pelos anos 70 rebelou-se, mostrou seu sangue latino, se desnudou, se pintou, requebrou, ousou, transgrediu, rompeu convenções, não cumpriu as regras nem etiquetas impostas; foi ele mesmo. Gritou, cativou, gemeu, escandalizou a época, mas disse a que veio. E imprimiu sua marca. Quanta personalidade! Ney a mais pura MPB. Ney performático. Ney carismático. Ney estiloso demais. O showman em toda sua arte Maior.

Eu

Simplesmente Selena