Esta é a tentativa de capturar o curso da minha história. Neste (Co)existir me misturo com pessoas, palavras, olhares, sensações, livros, música, arte, o sol, o luar, o choro, o grito e o riso. A intenção é boa. Vou aprendendo a partir das lições que a vida me presta. Aqui você vai encontrar pensares, lugares, repescagens, emoções, coisas e causos. Se é relevante? Talvez. Na verdade escrever é que é viciante. Bem como ser lido. E agora? Estou viciada! Seja bem vindo e desfrute comigo. SELENA
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Passando a vida a limpo
"Navegar é preciso; Viver não é preciso". Essa frase célebre de Fernando Pessoa, leva-me a pensar em lugares por meus olhos nunca vistos e por mim jamais explorados. Serve-me à via de reflexão: sobreviver sem viver não paga a pena. Fato este acontecido em minha história há um bom tempo, no entanto, hoje, quero mais que somente coexistir, anseio aproveitar dessa viagem intensamente, especialmente as quais são para dentro. Careço de ir mais além, conhecer os vales de mim, redescobrir-me adulta com jeito criança, moleca, criativa, sem nóias. Quero compreender os porquês da vida e alcançar o entendimento, questionar-me em cada nova fronteira de alguma paragem e poder me surpreender cada vez mais. O cotidiano pode ser rico e posso me contagiar com os detalhes mesmo com tantas renúncias. Digo-me: "Não leve a vida tão a sério Sela, ela pode ser gloriosa, oportunize o momento. A borboleta necessita sair do casulo, a liberdade a aguarda e é tão breve! Voe longe ou perto, enfim... voe... Suas asas parecem frágeis, mas são tão mais belas hoje!"... Assim como as borboletas me transformo... em algo melhor. Esperança é o antídoto certo para qualquer tristeza que se achegue, exige o esforço da entrega até que se encaixem os trilhos. Licenciar-se para renovar, ao menos uns tempos fora de casa: tudo tem seu preço. Mas eu nunca disse que viver seria fácil!
Posso vender minha imagem bem legal, isso me faz diferente e apresentável, mas será que seria de todo, ética?! Pois é.., então vamos: adoro apreciar pintura, posso não entender, mas meu coração sente. Tenho saudade da infância no interior, me lembra meus avós. Para este momento escrever é meu ofício, a palavra é minha flecha, todavia não quer dizer que vou ferir alguém. Gosto de conversar. Amo viver! Tudo que acontece na vida é bom, até os desencontros. Falo pelos cotovelos, me derramo demais. Não é nada difícil iniciar uma boa palestra com alguém que acabei de conhecer. É ligeiro bala! Até mais do que deveria ser. Penso que a solidão também pode ser bela. Gosto de momentos meus. Já borrei meus cílios na negridão da noite. Não gosto de falar só o trivial. A paciência as vezes não me visita. Gosto de gente inteligente. Adoro liberdade, viajar e visitar museus, eis o meu balão de oxigênio. Se pudesse conheceria o mundo, este é meu sonho de consumo.
Quase gosto da vida que tenho, e estou aprendendo a desfrutá-la em toda a sua singeleza, sem cobranças nem idealizações.