Esta é a tentativa de capturar o curso da minha história. Neste (Co)existir me misturo com pessoas, palavras, olhares, sensações, livros, música, arte, o sol, o luar, o choro, o grito e o riso. A intenção é boa. Vou aprendendo a partir das lições que a vida me presta. Aqui você vai encontrar pensares, lugares, repescagens, emoções, coisas e causos. Se é relevante? Talvez. Na verdade escrever é que é viciante. Bem como ser lido. E agora? Estou viciada! Seja bem vindo e desfrute comigo. SELENA
sábado, 11 de abril de 2009
Porque hoje é sábado...
Dia belo! São 21:05hs, e parece uma bonita tarde nublada daí de Teresina. Lembrou-me um filme romântico francês. Ninguém se atreve a sair nesse frio molhado. Vejo poucos carros passando devagar pela rua e creio que, assim como eu, aproveitam a paisagem. Pela vidraça do 4º andar, desfruto de um silêncio eloquente observando a existência pulsante nas chaminés das casas típicas da Galícia.
Cai uma chuva fina, assemelha-se a farinha em forma de umidade. Esse é o verdadeiro sereno que tantos falamos no Brasil, mas o bom é que posso agora vê-lo e tocá-lo. É tudo tão bonito e poético, tão ameno e singelo: À meu lado esquerdo há um imenso e vigoroso gramado com flores coloridas em volta, à direita uma grande piscina com borda vermelha brilha puro azul, e mais ao lado a verde quadra de jogos demarcada de branco. Tudo esteticamente bem disposto aos meus sentidos.
Ao longe o céu monocromático em total cinza claro me presenteia alegria. Mais adiante a cidade se delineia frente às colinas e vales. Paz, harmonia e vida na luz dos meus olhos que gravam esse momento. E essa chuvinha mansa me beija carinhosamente de amor. Ah, como é bom ficar quietinha debaixo das cobertas com meu olhar debruçado lá fora! Uma infinda felicidade me contagia.
Posso vender minha imagem bem legal, isso me faz diferente e apresentável, mas será que seria de todo, ética?! Pois é.., então vamos: adoro apreciar pintura, posso não entender, mas meu coração sente. Tenho saudade da infância no interior, me lembra meus avós. Para este momento escrever é meu ofício, a palavra é minha flecha, todavia não quer dizer que vou ferir alguém. Gosto de conversar. Amo viver! Tudo que acontece na vida é bom, até os desencontros. Falo pelos cotovelos, me derramo demais. Não é nada difícil iniciar uma boa palestra com alguém que acabei de conhecer. É ligeiro bala! Até mais do que deveria ser. Penso que a solidão também pode ser bela. Gosto de momentos meus. Já borrei meus cílios na negridão da noite. Não gosto de falar só o trivial. A paciência as vezes não me visita. Gosto de gente inteligente. Adoro liberdade, viajar e visitar museus, eis o meu balão de oxigênio. Se pudesse conheceria o mundo, este é meu sonho de consumo.
Quase gosto da vida que tenho, e estou aprendendo a desfrutá-la em toda a sua singeleza, sem cobranças nem idealizações.