
A última vez que encontrei meu irmão Zé Luis, foi em junho de 2008. Conversamos, sorrimos, choramos juntos. Ele ofereceu-me um cafezinho e um pano de prato, e eu rendi-me a sua delicadeza. Foi lindo. Sinceramente, eu não imaginei que seria a última vez em que olhava aqueles olhos cheios de mar.
Hoje, meu irmão mais afetuoso, partiu. “A vida é sombra que foge”, começa ele o poema chamado: A VIDA. E é assim que ela se acaba... Mas são os nossos corações que se quebram, o pranto que explode, o remorso que sangra, as pessoas que arrependem-se do instante não ofertado.
É quem tanto amamos que se vai... é o tempo que voa. Era sua mão que tremia, era sua voz que embargava dizendo-se doente dos neurônios, era o fumo que corria na eterna solidão, era o grito de socorro mal ouvido. Era o seu olhar o mais azul do azul do infinito. Foi ele que cansou de lutar. É meu gigante POETA a tombar. Somos todos nós a chorar e amar, chorar e amar, chorar e amar...
A VIDA
A vida é sombra que foge
É a estrela candente
Chuva que cai e escorre
A vida é flor na corrente
A vida dura um momento
E é um sopro suave
E ligeiro pensamento
Passa rápido se acaba
A vida é nuvem que voa
Como a fumaça se esvai
É um grito que ecoa
É uma folha que cai
A vida é pena caída
É como um sopro suave
No coração faz ferida
Depressa foge e se esvai
JOSÉ LUIS NERY, 04/07/2005 – SENTIMENTOS DE UM PIAUIENSE,
VIII-VOLUME, BSB-DF
Olá Selena! Estava pesquisando sobre gêmeos e encontrei seu e-mail por acaso. Criei um blog somente para falar sobre o universo gemelar. Estou reunindo histórias de gêmeos e familiares para postar. Gostaria de participar? Acesse o blog! Ficaria feliz se pudesse postar seu relato também.
ResponderExcluirAbs, Jemima Pompeu.
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