terça-feira, 21 de setembro de 2010

BUSCA

Fotografia: Celina Nery, The-Pi

NÃO dá para esquecer as coisas marcantes: nem as boas e nem as ruins; umas trazem lembranças maravilhosas, outras nem tanto. De dia boas recordações brotam, mas é de noite que - às vezes - vêm à mente lembranças negativas: neuras, nóias, frustrações, insatisfações... Minha cabeça parece uma câmera girando à infância, à adolescência, ao início da vida adulta. Lembranças tantas, um slide recheado delas com cores, cheiros, movimentos e sons. Não é desvantagem que eu relembre o passado, penso que não, muito pelo contrário, foi lindo e contraditório à época. Foi lição de vida e ainda está sendo para minha evolução psicoemocional e social. Não é fácil viver, repito quase cantando para ouvir minha própria voz. Ainda sou co-dependendente dele, dessas experiências de outrora. São memórias, realidades guardadas, puras, castas, santas, insanas, algumas estéreis, outras férteis, mas todas elas: alimentos meus, pedaços de mim.

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Simplesmente Selena