Esta é a tentativa de capturar o curso da minha história. Neste (Co)existir me misturo com pessoas, palavras, olhares, sensações, livros, música, arte, o sol, o luar, o choro, o grito e o riso. A intenção é boa. Vou aprendendo a partir das lições que a vida me presta. Aqui você vai encontrar pensares, lugares, repescagens, emoções, coisas e causos. Se é relevante? Talvez. Na verdade escrever é que é viciante. Bem como ser lido. E agora? Estou viciada! Seja bem vindo e desfrute comigo. SELENA
sábado, 8 de março de 2008
Do "sexo frágil"..
Hoje é nosso dia, mulheres!, edificamos os lares, somos diligentes, laboriosas, cobradas; porém incansáveis. Cultivamos uma agilidade irrepreensível, nossa família é um sacerdócio, não prescrevemos condições e suportamos os perrengues dos dias, é fato. E tornar-se mulher implica em muitos desdobramentos: ser fêmea, feminina, mãe, filha, batalhadora, forte, sensível, amiga, amante, ouvinte, companheira etc. Li dia desses que Platão foi o primeiro filósofo a investigar sobre a estética. Destruiu sua criação poética e começou a ouvir seu mestre, este era Sócrates; talvez seu heterônimo. Toda mulher é bela de alguma forma. Ponto! É ela que traduz a fecundidade: gesta, pari, alimenta, conforta, aninha. E é legítimo afirmar que em algum lugar há, houve e haverá sempre mulheres formosas, inteligentes e intuitivas; harmonizam o micro e macrocosmo cuja ternura e energia partem para outra dimensão. Depois retornam como força telúrica a penetrar nossos chacras. Seria Deus, uma mulher?
Posso vender minha imagem bem legal, isso me faz diferente e apresentável, mas será que seria de todo, ética?! Pois é.., então vamos: adoro apreciar pintura, posso não entender, mas meu coração sente. Tenho saudade da infância no interior, me lembra meus avós. Para este momento escrever é meu ofício, a palavra é minha flecha, todavia não quer dizer que vou ferir alguém. Gosto de conversar. Amo viver! Tudo que acontece na vida é bom, até os desencontros. Falo pelos cotovelos, me derramo demais. Não é nada difícil iniciar uma boa palestra com alguém que acabei de conhecer. É ligeiro bala! Até mais do que deveria ser. Penso que a solidão também pode ser bela. Gosto de momentos meus. Já borrei meus cílios na negridão da noite. Não gosto de falar só o trivial. A paciência as vezes não me visita. Gosto de gente inteligente. Adoro liberdade, viajar e visitar museus, eis o meu balão de oxigênio. Se pudesse conheceria o mundo, este é meu sonho de consumo.
Quase gosto da vida que tenho, e estou aprendendo a desfrutá-la em toda a sua singeleza, sem cobranças nem idealizações.