segunda-feira, 29 de setembro de 2008

CHICO: GÊNIO! ! !

Sempre estou embriagada repisando os mesmos cantores da adolescência. Caetano, Chico, Djavan, Ivan Lins, Betânia, Elis, Ney, Rita Lee, Tim Maia, Elvis, Lulu Santos e tantos outros que me embalaram em muitos momentos da minha vida. Quantas belas melodias e letras "atemporais" me esmagaram até ficar blasé. E eu gosto de sentir o que a canção fala, gosto que me moa, que me triture... já outras me enchem de alegria, de euforia, de vislumbre, então vôo aonde ela me pede... Umas se revelam a mim, outras me revelam.

Às vezes ouço tanto uma música que me transporto pra dentro dela e flutuo com a vibração, sou arrastada por ela, faço parte de cada fonema, de cada vocábulo, misturo-me à sonoridade numa simbiose acachapante. Rendo-me! Especialmente quando esse gênio é Chico Buarque, na sua poética Trocando em miúdos... e me sujeito a ser "ela", a da canção... e depois salto para ouvir o rolar de Construção. Acompanho-a guturalmente: condoída, ambiciosa, castigada...

Estou lá e cá, fora e dentro, perto e longe, a espiar a estória. Ah!, que esse Chico me encharca!!! Ouço dezenas de vezes, quero alcançar as entrelinhas... penso, repenso, confundo-me, remisturo-me, mas em seguida regresso à mim.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Porque a vida é para frente...

Algo me surpreende no passar das horas. Enquanto os ponteiros do relógio andam implacável, eu tenho a prerrogativa de legitimar minha nova anatomia. Descobri que possuo asas, as quais podem alçar vôos grandes e majestosos. Asas impossíveis de serem removidas. São minhas. São tão vitais quanto o pulsar do meu coração.
E foi com o tic-tac do relógio.., foi com o temido passar do tempo que percebi coisas que antes não percebia. E aguardo tranquilamente os dias seguirem o seu ritmo, entretanto não tenho medo. Com o tempo minhas asas crescerão e aprenderei a voar cada vez mais alto, e quem sabe um dia poder tocar o céu, mas, com os pés - sabidamente - plantados na terra.
Porque dispor de si próprio para ser feliz, gozar do direito de ser livre, ser o sujeito e o protagonista da sua própria história não tem preço.
Palloma,

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

da (des)consciência ambiental

À salvo, a única coisa boa do calor acachapante de Set, Out, Nov e Dez: o fenomenal pôr-do-sol. Somente! Fotografia tirada do meu quintal.Seria o inferno mais quente que a cidade de Teresina nos meses dos Bê-Erre-Ó-Brós? Setembro começou com força total e sem trégua: para endoidecer, cozinhar nossos miolos, abocanhar a saúde e levar o bom humor para muito, muito longe daqui. Ouvi falar que ontem a temperatura chegou aos 38°, mas que a sensação térmica era de 43°. É ou não para minar qualquer alegria?
Reclamamos do calor, do efeito estufa, dos furacões, dos terremotos, das geleiras que se derretem, do buraco negro na camada de ozônio, da natureza que tem mostrado seus sinais de fúria, mas não fazemos nada para mudar esse quadro. Somos nós – a humanidade- os poluidores do ar, do solo, da água, da flora e da fauna. Estamos alterando a ordem natural do universo com nosso desenvolvimento paradoxal.
De modo que, degenerados pela grande massa de comunicação, ou seja, o quarto poder, acatamos a vontade dos poderosos em dominar o universo. PROGRESSO, PROGRESSO, PROGRESSO!!! No entanto, esquecemos de amar o que têm de ser amado, de cuidar do que têm de ser cuidado e, de alguma forma, estimulamos a violência do homem para com o planeta e para si próprio. O caráter está coxo; a personalidade, trôpega; o gênero humano, ignorantemente perdido; a compaixão, desonrada; a vida, banalizada; a natureza, devastada por nós. Tempos apocalípticos. Ainda muitas coisas estão porvir: vai faltar água de beber, doenças voltarão, doenças que nunca ouvimos falar surgirão. O homem que aniquila a natureza. O homem que destrói o homem. Mas quem se importa?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

dos livros que nos fazem pensar...

Manter um diário on-line não é querer perfeição, mas o aperfeiçoamento de si. E é por isso que saio vomitando palavras, sensações, opiniões etc. Pois é. Terminei o livro. O da Maitê. “Uma vida inventada”. De tão confiável deslizei suavemente pela overdose de sensibilidade como solitária itinerante de águas tranquilas. Mas é vero. Este foi um dos tantos grandes livros da minha vida. Há drama? Há. Mas o senso de humor e a poesia que estão imbricados em cada linha, ampara-nos das ciladas do destino que essa mulher atravessou. De toda forma, a "menina" cresceu e virou gente grande.
A vivência da narradora era como minha segunda voz. É isso. Exatamente assim. Parecia que eu que contava pra mim mesma. Sei lá. Misturei-me à história. E, na minha fraude de leitora e narradora me joguei por inteira, fui uma espécie de áudio book - o som da minha voz martelava meus ouvidos. Tal simbiose espantosa, pensei: - estarei eu segura aqui? E não é que, uma voz veio do livro com boca e tudo e me disse: “-Segura?, muito mais que segura, então sustenta a carga mulher, você consegue; se eu consegui!”...
De modo que, a carga de cada um tem o peso que se pode carregar. Sim, é pesada... sinto-me às vezes desprotegida, e ainda assim arranco forças pra arrastar as correntes. A todos os viventes, sua própria carga. Portanto, toda sensação de fardo só me faz ter mais coragem pra tocar a vida pra frente, mesmo sendo ela finita, porque lá adiante é que batem as malas... e ainda resta-me a fé que me veste.
Sim, mas voltando ao livro da Maitê Proença. Caracoles!, é de salivar! A linguagem mesmo em algum momento na terceira pessoa, é clara e direta. Na lata. Para emudecer. Para ensinar. Para acariciar a alma. Para fazer refletir. Para divertir. Para moer. Tantas informações oferecidas de mão beijada ao leitor: um prato cheio para quem nem tanto viajou; uma mistura de romance, ficção e autobiografia. Mas enlaça nosso olhar. Prende-nos com nós invisíveis... e tritura... porque reduziu-me a pó... e saciou-me.
O livro permeia a exuberância da existência e suas atribulações pontuadas por fatalidades, mas que, no entanto, é recheado de tantos outros sentimentos. Paradoxos à parte. A comunicação é tão cheia de cor e experiências com tudo que elas implicam: se boas e se ruins; porém, se a cor que enxergamos esteja em uma página em tons de cinza, mas ao explorarmos a próxima folha, poderá literalmente explodir um arco-íris abissal.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Porque viajar é sentir, mas contá-los então, uma delícia ! ! !

Ah, meus amigos! Que de tanta simetria e formosura bate aquela vontadezinha de não partilhar convosco desse paraíso labiríntico clarificado de cultura. O cenário é pra lá de surreal, mas não vou ser egoísta, não devo, não posso. Pelo simples motivo do que desperta nossos sentidos tem de ser revelado. De toda forma, ainda gostaria que essa terra ficasse lá, quietinha, resguardada pela idade média como em uma pintura a habitar nossos sonhos... e se possível, protegida em um recanto qualquer do planeta, porém, impenetrável. E sobre uma colina misteriosa, as casinhas caiadas de branco, com aura mágica e cheiro de paz, amor e descanso.
Absolutamente, eu não ia ficar nem um pouco chateada se tivesse de me mudar para lá viver: sua paisagem indescritível, a serra, o rio Guadalquivir, o parque natural, seus bosques, as muralhas, a alva arquitetura, seu povo, o flamenco, as festividades, as ruas em ziguezague, o céu azul, a imensidão do mar, a explosão das flores festejando a primavera e o violeta do entardecer; tudo muito bem embrulhado e cheio de charme... Entretanto, a verdade é que ela existe. Pinheiros, palmeiras e buganvílias abraçam os dias dos que lá pertencem, e tão só abraçaram, um dia, o meu.
Situada ao sul da Espanha e província de Cádiz, Vejer de La Frontera, é para ser percorrida sem pressa ou compromisso. Sem se preocupar com nada, senão o de saborear calmamente a bela aldeia árabe, e assim, se enxergar passageiro em um outro momento da história. A sensação que temos é que o tempo congelou, do qual a cada passo alcançamos a fronteira do passado. E não é que tudo está lá!, em rigor, minuciosamente em seu devido lugar de tão exato. Sem nenhuma dissonância aos pormenores. Tudo tão perfeito...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Um sonho realizado ! ! ! !

01/09/2008 - Leitão, jogador do Lobelle - Santiago de Compostela, foi convocado pela seleção portuguesa para o Mundial de Futsal que será realizado no Brasil em outubro deste.

Como é cidadão português, seria a chance de ser escolhido ao Mundial 2008. E não deu outra! No início deste mês, o jogador recebeu a notícia com muita alegria: seu nome estava incluído na lista dos 14 jogadores portugueses que estarão no Mundial de Futsal. Leitão, que foi fundamental na excelente campanha no último Europeu volta a figurar na lista do selecionador Orlando Duarte - técnico da seleção portuguesa, depois de estar ausente das últimas convocatórias por conta de uma lesão no adutor esquerdo, que o afastou das quadras por 3 meses.
Os portugueses têm sua apresentação programada para o dia 15 de setembro, na localidade de Paço de Arcos, onde realizarão treinamentos visando a estréia no Mundial, diante do Paraguai.
- Os 14 eleitos:
Bebe, Gonçalo, Arnaldo, Ricardinho, Pedro Costa (Benfica)
Bibi, Cristiano e João Benedito (Sporting)
Pedro Cary e Jardel (Belenenses)
Leitão (Autos Lobelle)
Israel (Burela Pescados)
Cardinal (Freixeiro)
Marinho (Fundação J. Antunes)

- Perfil do jogador "Leitão"

Nome: Fernando Gomes Leitão

Apelido: "Leitão"

Data de nascimento: 03/01/1981

Local: São Paulo-SP

Idade: 27 anos

Posição: Pivô

Altura: 1,78 cm

Peso: 75 kg

Calçado: 41

Clube atual: Lobelle Santiago - ESP

Vive em: Santiago de Compostela, Espanha

Principal Título: Taça Brasil 2002, atuando pelo Minas/Pax-MG

Um Sonho: Disputar um Mundial

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Cuidemos disso em nós...

A vida não se condiciona a cinza mesmo se estamos gris. Ela deve ser colorida como as nuances de um pôr-do-sol. Mas, se de tudo, não conseguimos conciliar as cores do entardecer em nosso dia, pelo menos o deixemos na tonalidade que remeta a esperança. Pode ser o verde e suas variações refletindo nossa vontade de que episódios chatos passem rápido como uma ventania.

O lar é nosso espaço sagrado. Fugas são desnecessárias, supérfluas e causam uma desordem tremenda. As coisas podem escapar do controle e tomar uma dimensão catastrófica: e isso é péssimo!!! Sejamos sabedores que existe recuo, e recuar é exercitar a humildade, a sabedoria e é principalmente sentir compaixão pelo outro. Ninguém está certo ou errado, há dois pesos e duas medidas e várias possibilidades. Onde erramos? Que sinais enviamos ao outro?

Cabe ao diálogo a fim de descobrir onde está a deficência de nós para o outro e do outro à nós. Subtrair as chateações, desocupar o coração das nódoas, aprender a desculpar, a ouvir, a perdoar, a não bradar e nunca apontar o dedo em riste. De modo que, simplifiquemos a situação sem buracos negros ou abismos psicológicos, pois será bom à uma convivência emocional alegre. Porque temos que caminhar para frente... e em frente... sempre. Porque a união faz a força... e assim deve ser.

Pelo sim, pelo não (con)viver é uma arte, mas, também, pelo grandioso e denso motivo de que uma família funcionando em plena harmonia terá o sabor mais doce do mel. E entre injúrias e prantos, ofensores e ofendidos, insultos e raiva, berros encolerizados para se fazer ouvir, percebo que: em casa onde a gritaria dá plantão, a AUTOESTIMA escorrega pelo ralo... Parece simples. E é.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Acreditar é o "Xis" da questão...

Considero-me uma pessoa otimista, mas não me deixo levar pelo “Se”. Ah!, e Se acontecesse isso ou aquilo!... e Se eu conseguisse um bom emprego!... e Se eu acertasse a mega-sena sozinha!... Chega de tantos "Ses". O que me carrega pra frente é a praticidade. Evidencio para prole daqui de casa que motivação é tudo na vida da gente. Que o ter motivo impulsiona à transpiração e conseqüentemente buscar qualquer objetivo traçado.
Por isso mesmo escrevo em letras garrafais: SOU UMA OTIMISTA INSTITUCIONALIZADA. Creio que as coisas podem melhorar.., e irão. Não me permito pensar negativo. Dessa forma, nada esgarça a minha esperança. E pode apostar: dou uma banana pra Lei de Murphy. Nem tudo que está ruim pode piorar. Negar que a situação vai se equilibrar é andar para trás e eu não sou assim nem de longe. Sou confiante pela própria natureza, minha vontade de acertar o ponto das coisas contagia meus filhos, mas meu marido não se dobra.
Pois é, a fé é uma corrente. Imensa é a minha boa intenção. Apetece-me falar muitas vezes e ouvir a oração - IMENSA É A MINHA FÉ! Preciso exprimir que a minha convicção não tem medida e, ocasionalmente, minha ansiedade goza de boa reputação. De toda maneira, ofereço subsídios ao emocional de meus filhos, então mostro que acreditar é cinqüenta por cento do caminho andado. Eu tenho para mim que toda querência depende da autoconfiança e do alvo desenhado, os outros cinqüenta por cento se dará com a persistência e o comprometimento. Nesse caso, transpire e execute. Serve para todos. Façamos o que têm que ser feito da forma certa.
Deixo para lá e nem ligo se meu marido me interpela quando incentivo os demais. É que ele se enquadra no pessimista disfarçado de realista e pior, dá plantão todos os dias afirmando que sofro influência da lua e que meu otimismo é o eufemismo dos sonhadores: "- Ow mulher.., as coisas não são simples como parecem, desce daí"; ele não alivia. Porém rebato - Ow marido.., não perco a esperança. Se sou lunática, ou inventiva por excelência, ou até o que possa me afigurar, não sei. Pois bem, respondo ao meu caro mio: sou filha da Lua com os pés bem plantados na Terra. No entanto, deixo bem claro ao mancebo que SOMOS do tamanho que nos colocamos diante das possibilidades... e ao que me consta, para quem crê em Deus e em si, “O céu é o limite”...

Eu

Simplesmente Selena