Esta é a tentativa de capturar o curso da minha história. Neste (Co)existir me misturo com pessoas, palavras, olhares, sensações, livros, música, arte, o sol, o luar, o choro, o grito e o riso. A intenção é boa. Vou aprendendo a partir das lições que a vida me presta. Aqui você vai encontrar pensares, lugares, repescagens, emoções, coisas e causos. Se é relevante? Talvez. Na verdade escrever é que é viciante. Bem como ser lido. E agora? Estou viciada! Seja bem vindo e desfrute comigo. SELENA
sábado, 7 de março de 2009
"Homo Hominis Lupus"
Eu surto, tu surtas, ele mata. Mas por que ele mata? O que há por trás da motivação de privar alguém da vida? Na superficialidade de ser humana - ainda trôpega - rumo ao acerto. Reconheço minha condição pouco lapidada, imperfeita, cheia de culpa, reflexiva, repensando erros, arrependendo-me... Pensando bem, meus questionamentos produzem ecos retumbantes. Ora bolas! Os animais não são uma ameaça para nós, seu instinto único e exclusivo é o de sobrevivência, violência pela violência no reino animal não existe. Se um dia o mundo for extinto, é culpa do embrutecimento da humanidade, do ódio e do desamor que carregamos: na violência verbal, física e psicológica e em todos os tipos onde qual esta reside. Mas também não se pode esquecer a tirania e o descaso com a natureza... do homem que destrói. Da cólera, da crueldade, da exclusão, da indiferença, da retaliação, de matar o semelhante... De onde vem esse poder irascível em nós? Somos cordeiros um dia, no outro, lobos. Será que tanta maldade dos seres humanos é intrínseca, somos naturalmente perversos? Por estas e por outras, vale a frase afirmada por Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem”.
Posso vender minha imagem bem legal, isso me faz diferente e apresentável, mas será que seria de todo, ética?! Pois é.., então vamos: adoro apreciar pintura, posso não entender, mas meu coração sente. Tenho saudade da infância no interior, me lembra meus avós. Para este momento escrever é meu ofício, a palavra é minha flecha, todavia não quer dizer que vou ferir alguém. Gosto de conversar. Amo viver! Tudo que acontece na vida é bom, até os desencontros. Falo pelos cotovelos, me derramo demais. Não é nada difícil iniciar uma boa palestra com alguém que acabei de conhecer. É ligeiro bala! Até mais do que deveria ser. Penso que a solidão também pode ser bela. Gosto de momentos meus. Já borrei meus cílios na negridão da noite. Não gosto de falar só o trivial. A paciência as vezes não me visita. Gosto de gente inteligente. Adoro liberdade, viajar e visitar museus, eis o meu balão de oxigênio. Se pudesse conheceria o mundo, este é meu sonho de consumo.
Quase gosto da vida que tenho, e estou aprendendo a desfrutá-la em toda a sua singeleza, sem cobranças nem idealizações.