Esta é a tentativa de capturar o curso da minha história. Neste (Co)existir me misturo com pessoas, palavras, olhares, sensações, livros, música, arte, o sol, o luar, o choro, o grito e o riso. A intenção é boa. Vou aprendendo a partir das lições que a vida me presta. Aqui você vai encontrar pensares, lugares, repescagens, emoções, coisas e causos. Se é relevante? Talvez. Na verdade escrever é que é viciante. Bem como ser lido. E agora? Estou viciada! Seja bem vindo e desfrute comigo. SELENA
quinta-feira, 12 de março de 2009
P A R A R E F L E T I R
Dia desses ouvi algo interessante. Se não me engano foi na novela “Caminho das Índias”, na voz de Lima Duarte. Um velho índio contava a seu neto que existe uma luta ferrenha que todos têm que travar dentro de si, é uma batalha árdua, mas que também pode ser simples. Depende qual o caminho que tomamos. Reflexão pura! Uma lâmpada acendeu em minha consciência. Hora de pensar maduramente, Sela! Cá estou eu matutando... atravessando a vida travo vez em quando combate entre meus dois lobos. É a peleja do diabo com o dono do céu, ora sou o lobo bom, ora sou o lobo mau. Que pena! Ao que me consta, o maniqueísmo ainda mora em mim, porém vou dando rasteiras no “mal” em direção ao “bem”. Meu combate interior se destina ao discernimento, e a sensatez será unicamente por mim eleita, porque assim desejo e quero, porque a vida é feita de escolhas.E o belo ensinamento do índio Cherokee começa assim...
Meu neto, dentro de nós há dois lobos, um deles é mau: a cólera, o ciúme, a amargura, a inveja, o desgosto, a cobiça, o arrependimento, a arrogância, o ressentimento, a lamentação, a inferioridade, a mentira, a vaidade, a soberba, a culpa, o complexo de superioridade e o egoísmo; O outro lobo é bom: a paz, a alegria, o amor, a bondade, a esperança, a humildade, a benevolência, a empatia, a compaixão, a serenidade, a generosidade, a verdade e a confiança.Seu neto maravilhado ao ouvir aquelas palavras pensou pausadamente e perguntou ao avô:
- Então me diga vovô: qual dos dois lobos vence?
E o velho índio respondeu simplesmente: - Aquele que você alimentar mais.
Posso vender minha imagem bem legal, isso me faz diferente e apresentável, mas será que seria de todo, ética?! Pois é.., então vamos: adoro apreciar pintura, posso não entender, mas meu coração sente. Tenho saudade da infância no interior, me lembra meus avós. Para este momento escrever é meu ofício, a palavra é minha flecha, todavia não quer dizer que vou ferir alguém. Gosto de conversar. Amo viver! Tudo que acontece na vida é bom, até os desencontros. Falo pelos cotovelos, me derramo demais. Não é nada difícil iniciar uma boa palestra com alguém que acabei de conhecer. É ligeiro bala! Até mais do que deveria ser. Penso que a solidão também pode ser bela. Gosto de momentos meus. Já borrei meus cílios na negridão da noite. Não gosto de falar só o trivial. A paciência as vezes não me visita. Gosto de gente inteligente. Adoro liberdade, viajar e visitar museus, eis o meu balão de oxigênio. Se pudesse conheceria o mundo, este é meu sonho de consumo.
Quase gosto da vida que tenho, e estou aprendendo a desfrutá-la em toda a sua singeleza, sem cobranças nem idealizações.