O que torna um filme clássico: um épico, uma grande história de amor impossível, uma vida cheia de encontros e desencontros? Dr. Jivago é tudo isso e muito mais. Decadência, sangue, sofrimento, perda, revés, humilhação, amargura, amor etcétera. É aquele filme que nos toma pela mão, pela emoção, pelas entranhas... Tem como pano de fundo a guerra e a revolução russa com seus desdobramentos na vida das pessoas; Dr. Jivago é médico, poeta, delicado, digno e apaixonado pela vida. Os arredores de Madri serviram como cenário para representar a Rússia, tudo recriado em um grande set de filmagem. Essa região da Espanha é onde fotografei na retina e na câmera, tantos e tantos prados de imagens inesquecíveis de uma vastidão singular. Tive a felicidade de conhecer o inverno e a primavera. Lugar lindo demais! Então se diz para Dr. Jivago: é o clássico dos clássicos! De tirar o fôlego!
sábado, 27 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
das idas ao banco...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
C O N T O S . . .

sábado, 20 de fevereiro de 2010
REVIRANDO O BAÚ...
"Decadence avec elegance
Decadence avec elegance Ou ou ou ou ou ou ou ou ou... Decadence avec elegance Decadence avec elegance Ou ou ou ou ou ou ou ou ou..." LOBÃO
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
MERCEDES SOSA, e o poder da interpretação! Canção charmosa, profunda, sincera...
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
D Y A N G O, grande intérprete! ! !
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
P O R Q U E JÁ É F E V E R E I R O

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
"MEUS EUS"
Fotografia by Catarina Nery - (Imagem ilustrativa)
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
M E D O N H O M E D O
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
S E N T I R...
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
"TERRA DAS SOMBRAS"

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Escrito em abril de 2009

À minha filha Catarina
Colo, mimo, carinho, cuidado, afeto, chamego, beijinhos... Era o que estava precisando, mais que isso, era uma necessidade vital para meu momento frágil e de mudança. Vim buscar aconchego, chorar em seu ombro se vontade tiver. Voltei para o cordão umbilical como filha, para os braços de Cacá; os braços que tanto aqueci. Vim filhar, mas também mamear. Convicta do lugar certo.
Há laços que são mais fortes que a vida. Hoje sou a criança de minha filha, por enquanto ela é a minha mãe, e seu colo equilibra a falta. Aqui fico longe de minha casa (tão querida), do olho do furacão. Aqui tudo é leve e colorido e parece não existir outro lugar na terra. Fico muito comigo e gosto de ser companhia de mim. Caminho, faço academia, leio, passeio, oro, rezo, reflito, aprendo, assisto TV em espanhol para entender melhor a língua, viajo pelas cidades da Espanha e de Portugal. Sem esquecer o que mais me encanta: a Catedral de Santiago. A missa tem um rigor antigo, os cantos gregorianos me seduzem (a acústica é irretocável), a homilia é um caso à parte, produz reflexão e renova minha fé.
Saí da minha responsabilidade para não fenecer, para reparar a carenagem, para me observar com melhor distanciamento. Às vezes, quando vemos o mundo por dentro de um enorme quadro e a nossa cama não mais acolhe como antes, nada como um lugar distante para neutralizar as dores, nada como um ombro fiel para ouvir o som da nossa lágrima, nada melhor que compaixão de filha. O abraço do rebento pode ser mais cinematográfico que um beijo apaixonado de uma película noir.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
recuerdos...
Quando criança tinha medo de palhaço, de espantalho, de bruxa, de tambor, de máscara, de fantasma e, do Patrona; este, era um pedinte de mais ou menos cinqüenta anos. Vez ou outra serpenteava pelo bairro vestido de um preto absoluto carregando um saco branco de tecido. Passava o dia a pedir esmolas, uma xícara de açúcar aqui outra de arroz acolá. Eu achava que o saco tenebroso que carregava era para esconder as criancinhas que roubava, ou seja, as crianças do local. Meu Deus!, um medo retumbante me invadia quando ele dobrava a rua. Corria com as minhas amiguinhas que nossos pés batiam em nossas bundas.
Sabe-se lá seria mesmo um seqüestrador de menores, a treva! Tinha uma vestimenta medonha: terno e calça pretos, camisa marrom escuro, óculos escuros, sapatos e meias e um chapéu também preto. Parecia um ser surreal, quiçá, a morte. Lembro como se fosse ontem o homem virando a esquina, mais ou menos uns cem metros de distância, mas não assegurava em diminuir nosso medo. A sensação era terrível e arrepiante só de olhar aquela figura macabra tirada de um filme de terror. Tenho a impressão que só aparecia em dias atípicos, daqueles bem cinzentos, fechados e com leve chuvisco; do qual aumentava ainda mais meu pavor.
Hoje voltando àquela época, esse episódio se apresenta nas minhas recordações mais vivas. Fica uma réstia de saudade, e antes de tudo, a curiosidade real de saber quem era a tal pessoa tão sombria: onde morava, o que pensava, o que sentia, se tinha filhos, mulher, cachorro, periquito, papagaio... quem era o Patrona, do qual nós mesmas o apelidamos? Nunca descobrimos nada sobre aquele senhor. Coisas de nossas vivências mais inesquecíveis... infância...