Esta é a tentativa de capturar o curso da minha história. Neste (Co)existir me misturo com pessoas, palavras, olhares, sensações, livros, música, arte, o sol, o luar, o choro, o grito e o riso. A intenção é boa. Vou aprendendo a partir das lições que a vida me presta. Aqui você vai encontrar pensares, lugares, repescagens, emoções, coisas e causos. Se é relevante? Talvez. Na verdade escrever é que é viciante. Bem como ser lido. E agora? Estou viciada! Seja bem vindo e desfrute comigo. SELENA
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
C O N T O S . . .
Foi o filho truculento, ressabiado e ensaboado; foi a filha incompreensiva, inflexível e ingrata, foi a mulher impaciente; foi a contenda com o amigo irmão: ele ficou mal. Entrou em uma daquelas tantas catarses de afogar. Chorou muito e percebeu que chorar doía, parecia que seus olhos tinham um cômoro de areia. Dizia-se incompreendido por todos, e era de fato. A ele importava ser pai, marido e amigo. O sacrifício, a benemerência, o zelo, a repreensão, a tirania... sim. Todas as opções não seriam descartadas, ao contrário eram aceitáveis, e por que não? Ninguém é de ferro. Sonhava com diversão, e era merecedor de aproveitar o tempo que lhe restava! Como poderia negar os apelos externos que a vida lançava? A ele muito interessava. Não se é 100% paternal, bolas! Pensava que não se podia deixar de viver por nada, nem mesmo por sua prole. E então, frustrava-se olhando o rio correr... estava esgotado. Dizia para si mesmo - filho traz muita chateação, são merecidos e não sentem compaixão nem empatia por seus pais. Não passam de um bando de narcisos egoístas cheios de empáfia. Sentia-se preso, cansado, preocupado... e embora putiado com tudo e mais um pouco cumpriria sua missão, o seu rito de passagem pela vida. Era sua condição, fruto de sua própria escolha.
Posso vender minha imagem bem legal, isso me faz diferente e apresentável, mas será que seria de todo, ética?! Pois é.., então vamos: adoro apreciar pintura, posso não entender, mas meu coração sente. Tenho saudade da infância no interior, me lembra meus avós. Para este momento escrever é meu ofício, a palavra é minha flecha, todavia não quer dizer que vou ferir alguém. Gosto de conversar. Amo viver! Tudo que acontece na vida é bom, até os desencontros. Falo pelos cotovelos, me derramo demais. Não é nada difícil iniciar uma boa palestra com alguém que acabei de conhecer. É ligeiro bala! Até mais do que deveria ser. Penso que a solidão também pode ser bela. Gosto de momentos meus. Já borrei meus cílios na negridão da noite. Não gosto de falar só o trivial. A paciência as vezes não me visita. Gosto de gente inteligente. Adoro liberdade, viajar e visitar museus, eis o meu balão de oxigênio. Se pudesse conheceria o mundo, este é meu sonho de consumo.
Quase gosto da vida que tenho, e estou aprendendo a desfrutá-la em toda a sua singeleza, sem cobranças nem idealizações.