
Daqui a pouco atravessaremos a fronteira da Espanha verde, a região da Galícia é encantadora e o outono têm a cor das nossas matas. A Espanha é um dos melhores paises que visitei, tanto para conhecer quanto para comprar. Terra caliente, cheia de graça e de lugares infinitamente belos.
A aeronave decolou com uma música descontraída e para cima com o intuito de alegrar o espírito. Lá atrás ficou a costa de La Coruña, o mar e as luzinhas piscando. Esta cidade é para lá de aconchegante, mais ou menos duzentos mil habitantes vivendo muito bem servidos de tudo: shoppings, escolas, saúde, museus, entretenimento e tudo que se tem direito. É conhecida como a cidade de cristal, pois seus prédios têm nas janelas e paredes os vidros que a ressaltam.
Volto o olhar para baixo e as ondas do mar batem contra a dureza das pedras. Não sei como não se cansam de fazer a mesma coisa tanto tempo: ir e voltar. É legítimo, na verdade nós também estamos indo e voltando sempre. Isso é viver.
Parece que contornamos a Espanha pela costa, pois faz meia hora que só vejo as ondas se arrebentarem lá embaixo, tão pequeninas.
Ainda são oito e meia da noite e o sol do final de setembro brilha no meu cabelo pela janela do avião. Avisto um tapete de nuvens e um horizonte azul dividido por um linha cor de brasa. Adoraria poder mergulhar nesse paraiso de algodão. Olho então para baixo e um lençol branco começa a ser banhado dos raios dourados até se confundir (aonde minha vista alcança) com montanhas íngrimes. São as nuvens. São meus pensamentos. Brinco com o que vejo e me imagino criança pulando numa grande almofada fofa. Ao passo que escrevo olho pela janela, o sol me acena como se desse "até mais vê", meu coração vibra de alegria e penso: que vermelho alucinante! Agradeço a Deus o brilho dos meus olhos e continuo a apreciar o carvão incandescente. A bola de fogo afoga-se nas nuvens num estupendo tom alaranjado de tirar o fôlego! Catarina bate fotos para marcar o momento e eu deslizo a caneta nervosamente sem conseguir acompanhar meus pensamentos. Chovo verborragia, quero contar ao papel mais o punho não acompanha meu sentimento. É algo tão grande e tão lindo.
Percebo que o avião inicia o processo de descida, estou levemente tonta, ao longe o sol também se prepara para dormir. A asa dura parece se mover lentamente para a esquerda numa baile sensual, avisto pequenas luzes de um povoado francês e me vem à mente que lá têm histórias de vida. Gosto da sensação de imaginar outras pessoas em outros lugares com o dia a dia acontecendo.
Êta!!! O comandante acaba de nos comunicar que pousaremos na cidade luz em vinte minutos, trocamos olhares ansiosos e nos ajeitamos nas poltronas torcendo por uma aterrissagem segura.
Lá fora, o horizonte se veste de negro e agora somos aclamados por música clássica de uma sonoridade traquilizadora; com certeza uma estratégia da empresa para tornar o vôo inesquecível. Acredito que conseguiram sim.
A iluminada Torre Eiffel se apresenta para nós, é ela o cartão postal de maior reputação da cidade luz. Imponente, parece nos dar boas vindas.
O comandante avisa para atar cintos, pouso autorizado.., e perfeito! Tudo é festa.
pois é menina, parabéns! mais n esqueça do diario de viagem ora comentado aq no blog.
ResponderExcluirUMA VIAGEM NÃO TEM PREÇO!!!!!!! ADOREI
ResponderExcluirFoi mágico mesmo, Selena. També, fiquei emocionada com a tua narrativa. Quero ir de novo.
ResponderExcluirFoi mágico mesmo, Selena. Também fiquei emocionada com a tua narrativa. Quero ir de novo.
ResponderExcluirconsegui sentir este sol me aquecer
ResponderExcluirbjks