domingo, 22 de fevereiro de 2009

dos clássicos...

Uma vez escrevi que sempre gosto de ler primeiro o livro e só então depois ver o filme. Mas confesso, dessa vez foi diferente. Ao assistir o filme nasceu a vontade de ler o livro, pela primeira vez leio Tolstoi: Anna Karenina. O desenvolvimento de cada personagem é interessantíssimo. Seus conflitos, seus estados de espírito, a dinâmica, o bem e o mal, a virtude e o não acabado. O autor consegue colocar muito bem ao leitor, e já vale 10 pelo conjunto da obra. Um belo romance entremeado na aristocrática Rússia czarista - século XIX, onde o próprio vivia. Anna viaja para Moscou a fim de salvar o casamento de seu irmão, mas por ironia do destino se apaixona por um militar, a paixão fala mais alto e Anna deixa marido e filho. Mas como é de certo um dia toda "paixão" fenecer, não sabe lidar com a rejeição e o remorso. Num momento de grande desespero, joga-se na linha do trem. Arrependimento, ciúme, dor, angústia, vingança? Contradições a parte. Anna comete suicídio! O desenrolar permeia pelo pecado original, as crises existenciais, suas aspirações, a complexidade na família, as classes sociais, a passionalidade, enfim... o conflito das histórias que seguem paralelamente. Também aborda o entendimento das relações interpessoais, seus valores morais e religiosos e, igualmente, os políticos. O livro é excelente, bem mais que o filme. Pena que Anna morre.
“Todas as famílias felizes são iguais, as infelizes o são cada uma a sua maneira”

TOLSTOI em ANNA KARENINA

Eu

Simplesmente Selena