quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Genuíno...

Ao longo do caminho encontrei demasiadas pedras, pisei calçadas mortas e sob meus pés as ruas vivas. Nessa estrada, tantos os amigos de cada fase em mim habitou. É engraçado ver o tempo passando num raio de luz sem perceber a fração do instante. E eles passam com a voracidade de um leão em cima da presa. O tempo é infalível e implacável. Fica um pouco do vazio de que não o aproveitei da melhor maneira. Quedo-me falível e iludida... arrependo-me. Culpo-me por deixá-lo correr irreversível... mas, enfim... como segurá-lo? Sinto uma saudade frouxa dos momentos mais distantes da minha vida. A infância é desse breve ínterim que está no fundo de mim, pintada com lápis de cor em um colorido fantástico. Em cada esquina do coração recordo um punhado de pessoas queridas que me marcou de alguma forma. Cada encantamento, cada vivência, cada sorriso e expressão de olhar. Parece que foi ontem! Cá - ainda quentinho - em minha mente as coisas inconfessáveis e mágicas me ocupam. Simplicidades que não voltam. Tolices com valor de ouro em pó. Consigo visualizar a linha de minha história, o traço virtual da passagem dos períodos se apresentando e inaugurando um presente novo ou uma perda. Porque viver é perder e ganhar, mas aquela época que tinha um brilho deslumbrante, o prêmio que guardo é incalculável.

Eu

Simplesmente Selena